Defesa ainda tenta barrar transferência de Sérgio Cabral para a Capital
Justiça determinou que ex-governador do Rio de Janeiro, preso no ano passado pela Operação Lava Jato, seja trazido para o Presídio Federal de Campo Grande
A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral tenta mais uma vez evitar a transferência dele para o Presídio Federal de Campo Grande. Os advogados entraram com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Conforme apurou o G1, o pedido será analisado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora da Operação Calicute, 37ª fase da Operação Lava Jato que teve o ex-governador como principal alvo. Esta é a terceira estratégia usada pela defesa para garantir que Cabral fique no Rio de Janeiro.
As regras nas penitenciárias federais são rígidas. Os presos, por exemplo, passam 22 das 24 horas do dia sozinhos nas celas e são monitorados 24 horas por câmeras de segurança.
Ainda segundo o G1, a rotina é muito diferente da que o ex-governador tem na Cadeia Pública José Frederico Marques, localizada em Benfica, na zona norte do Rio. Cabral está preso há quase um ano, desde novembro de 2016.
A unidade de Campo Grande foi inaugurada em 2006, tem 208 vagas e está situado na saída para São Paulo, próximo do antigo lixão da cidade. Já abrigou presos famosos, como por exemplo Fernandinho Beira-Mar.
Transferência – O Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, confirmou nesta quinta-feira (27) que vai transferir o ex-governador Sérgio Cabral para a Penitenciária Federal de Campo Grande nos próximos dias.
“Por questões de segurança, a data exata não será informada”, informou ainda o Depen por meio de nota, completando que só “divulgará informações sobre a transferência depois que o procedimento for finalizado”.
A transferência foi determinada na segunda-feira (23) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, a pedido do MPF (Ministério Público Federal) após Cabral ter mencionado, durante interrogatório, informações pessoais a respeito do magistrado.