Defesa de acusados da Las Vegas insiste que não há prova
Os advogados de defesa dos policiais militares acusados de participação em esquema de máquinas caça-níqueis deflagrado pela Operação Las Vegas reforçaram que a denúncia do Ministério Público Estadual é "falaciosa, ilusória e vazia, pois não se ampara em provas ou conduta penal". O julgamento acontece na Vara da Auditoria Militar, no Fórum de Campo Grande.
Manoel Lacerda, Rui Lacerda e Nabiha Macksoud contestaram os 39 delitos a que são acusados o capitão Paulo Roberto Teixeira Xavier, o terceiro sargento Marcos Massaranduba e o policial da reserva Odilon Ferreira da Silva. "Por que esperaram juntar tantas acusações para levar os policiais a julgamento? Se forem condenados nas 39 acusações, terão que cumprir 200 anos de prisão, nessa e em outras vidas", disse o advogado Manoel Lacerda.
A defesa contestou a entrada da promotora Jiskia Trenti no processo, pois, segundo o advogado Rui Lacerda, o promotor que inicia o processo é chamado "de direito" e deve concluí-lo. Os advogados levantaram questionamento sobre as acusações de construção de organização criminosa, peculato, prevaricação e cárcere privado, e refutaram os argumentos apresentados.
"As transcrições das gravações telefônicas apresentadas não tem sequer uma assinatura que as comprovem como verdadeiras. A história de que o [capitão] Paulo Xavier teria colocado cocaína na casa da mãe do assaltante do bitrem é pura lorota. Este processo todo é um balaio de maçãs podres", ratificou Manoel Lacerda.
Após a apresentação da defesa, haverá réplica das promotoras do MPE, Tatiana Façanha e Jiskia Trenti, e tréplica da defesa. A expectativa é que a decisão do juiz saia ainda hoje.