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Cidades

Dois alvos de operação contra doleiros chegam à sede da PF

No Estado, 32 policiais cumprem mandados em Campo Grande, Fátima do Sul e Caarapó

Viviane Oliveira e Izabela Sanchez | 29/11/2018 09:01
Policiais chegando com um dos suspeitos detidos na operação (Foto: Marina Pacheco)
Policiais chegando com um dos suspeitos detidos na operação (Foto: Marina Pacheco)
Suspeito esconde o rosto ao chegar à sede da polícia (Foto: Marina Pacheco)
Suspeito esconde o rosto ao chegar à sede da polícia (Foto: Marina Pacheco)

Dois presos na Operação Planum, deflagrada nesta manhã (29), foram levados para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. Também foram apreendidos dois malotes com documentos e um veículo. A movimentação de policiais e viaturas no local é intensa. No Estado, 32 policias cumprem mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Fátima do Sul e Caarapó. Os nomes dos suspeitos não foram informados pela polícia.

A operação mira doleiros que movimentaram R$ 1,4 bilhão com tráfico de cocaína nos Estados de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Goiás. Ao todo, 200 policiais federais cumprem 21 mandados de prisão, 40 de busca e apreensão e ordens judiciais para sequestro e bloqueio de mais de R$ 25 milhões em imóveis, fazendas, aeronaves, embarcações, veículo e contas bancárias.

A investigação, que indica a participação de doleiros em São Paulo para o pagamento das transações do tráfico de drogas no exterior, começou em junho do ano passado para apurar o envio de cocaína da Bolívia para a região sul do Brasil. Segundo a polícia, aviões partiam de Mato Grosso do Sul para serem carregados com grande quantidade de cocaína (em média 500 quilos) na Bolívia.

De lá, seguiam para o Rio Grande do Sul, onde pousavam em fazendas adquiridas pela organização criminosa. Na sequência, a droga seguia pela rodovia para outros Estados e permanecia em depósito até ser despachada para a Europa por meio de portos brasileiros.

Segundo a polícia, a investigação aponta para um banco informal responsável pela lavagem de dinheiro vindos do tráfico de drogas, como contrabando. A movimentação dessa instituição financeira clandestina foi de aproximadamente R$ 1,4 bilhão nos últimos três anos. A polícia já rastreou cerca de 90 empresas de fachada e 70 pessoas empregadas como “laranjas” do grupo para a operacionalização da lavagem de dinheiro e operações de câmbio ilegais. Assista, abaixo, vídeo sobre operação. 

Carro apreendido foi levado para o pátio da Superintendência da Polícia Federal (Foto: Marina Pacheco)
Carro apreendido foi levado para o pátio da Superintendência da Polícia Federal (Foto: Marina Pacheco)

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