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Cidades

Emissário de Dilma garante que resolve neste ano conflito indígena

Viviane Oliveira | 29/11/2013 11:23
Dom Dimas com os dois representantes do Governo Federal. (Foto: divulgação)
Dom Dimas com os dois representantes do Governo Federal. (Foto: divulgação)

O assessor especial do Ministério da Justiça, Marcelo Veiga, enviado a Mato Grosso do Sul pela presidente Dilma Rousseff (PT), garantiu que vai apresentar ainda neste ano uma solução para o conflito de terra, que já se arrasta há mais de 11 anos, na região de Sidrolândia.

Em Dourados, a caminho de uma aldeia indígena, ele garantiu nesta sexta-feira (29), que o governo Federal apresenta em dezembro uma solução para a disputa pela Reserva Buriti. Um grupo de trabalho foi criado para levantar os custos dos 15 mil hectares, que serão adquiridos para ampliar a aldeia de 2 mil para 17 mil hectares. 

Além de Marcelo Veiga, também veio a Mato Grosso do Sul, o coordenador-geral de Movimentos de Campo e Territórios, ligado à Secretaria-Geral da Presidência da República, Nilton Luiz Godoy Tubino. Eles se reuniram na tarde de ontem com o governador André Puccinelli (PMDB), o arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara, representantes dos indígenas e de produtores rurais.

 “Preferimos vir pessoalmente ao Estado para dizer aos índios e produtores rurais que estamos na fase final e ainda este ano será efetivada a compra das terras na região”, diz Marcelo.

Desde maio, quando a reintegração de posse da fazenda Buriti, resultou na morte do terena Oziel Gabriel, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, e integrantes do primeiro escalão do governo federal protagonizaram diversas reuniões sobre o conflito. “Estamos trabalhando para que nas próximas semanas tenhamos a solução”, afirma o assessor do Ministério da Justiça.

Para o líder terena, Lindomar Ferreira, a comunidade indígena tem recuado com objetivo de recuperar o território. “Nós queremos a solução para o conflito de terra. Acredito que com a compra da Buriti, seja um grande passo para toda comunidade indígena do Estado.

A questão dos valores ainda não foi divulgada, no entanto, o governo do Estado calcula que as indenizações por terra custem entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, que também participou do encontro, disse que os representantes reafirmaram que existe vontade política e dinheiro para a compra da Buriti. “Eles garantiram que até 15 de dezembro seja efetivada a compra”, destaca, acrescentando que a fase complicada já passou.

“Pela enésima vez a União veio pedir mais um prazo e que não seja feito nada antes do dia 15”, diz Almir Delpasquale, diretor tesoureiro da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária) e presidente da Aprosoja-MS.

Dom Dimas também se posicionou, no site da Arquidiocese, dizendo que a vinda dos representantes da Dilma Rousseff foi importante, pois explicaram os procedimentos legais que ainda precisam ser realizados para dar uma solução definitiva para a situação específica de Sidrolândia.

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