Terror do RH, desempregados não querem trabalhar após 18h e aos finais de semana
Foco é para vagas com expediente em horário comercial
Em feirão de empregos na Capital candidatos que esperam por uma oportunidade de trabalho não querem saber de vagas que exijam expediente após às 18h e aos finais de semana. O foco, segundo os contratantes, é o horário comercial, das 8h às 18h. Ruth de Lima, de 28 anos e Nayara de Freitas, de 29, são funcionárias do Rh de uma loja de departamento.
Essa é a primeira vez que elas participam do feirão da Funtrab e comentam que o horário é sim um fator impeditivo na hora de aceitar ou não a vaga. “As oportunidades ofertadas são de geralmente das 14 às 22h, trabalhando final de semana também. Mesmo com as oportunidades oferecidas pela empresa, como vale alimentação, participação nos lucros (ou 14º salário), isso não atrai os candidatos muitas vezes”, diz uma delas.
A química Déborah Alexandre, de 46 anos, aguarda ser chamada no processo seletivo para professores da Rede estadual, mas enquanto espera quer arrumar um trabalho. Segundo ela, as vagas ofertadas são ruins, que exigem cada vez mais trabalho e pouca remuneração.
“O problema é que aqui as vagas pagam muito pouco pra trabalhar muito, por isso ninguém quer. Trabalhar todos os dias da semana por vezes menos que um salário mínimo. Eu tô aqui pra uma vaga na área de química mesmo, mas se fosse pra alguma outra, não viria”.
Gilene Alves Pereira, de 45 anos, também está contratando para o setor de supermercados, ela destaca que as oportunidades são para encarregados, mas o horário às vezes pode variar, com saída entre 1h ou 2h da madrugada. “Então muitas vezes as pessoas não querem. Para muitos cargos, não é exigido experiência, e mesmo assim é difícil de completar o quadro”.
Hoje estão sendo ofertadas 25 vagas para operador de carga e descarga. Para se candidatar o trabalhador precisa ter apenas o ensino médio.
Gabriela Botelho, de 33 anos, também atua no setor alimentício de supermercados. Ela afirma que o horário afasta os candidatos. “O que as pessoas geralmente não querem é trabalhar aos finais de semana ou até mesmo mais tarde. Essa é a maior dificuldade que a gente encontra”.
Segundo a profissional, a empresa oferece diversos benefícios como desconto em cursos superiores em faculdades conveniadas.
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