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Cidades

Epidemia de dengue se espalha por MS e até a Abin é acionada

Estado tem 50 mil casos da doença notificados nos dois primeiros meses deste ano

Nícholas Vasconcelos | 28/02/2013 15:23
Mato Grosso do Sul tem mais de 50 mil casos de dengue e 19 mortes pela doença. (Foto: Luciano Muta)
Mato Grosso do Sul tem mais de 50 mil casos de dengue e 19 mortes pela doença. (Foto: Luciano Muta)

O número de casos de dengue em Mato Grosso do Sul chegou a 50.074, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. O relatório epidemiológico aponta que até a quarta-feira (27) foram registradas 19 mortes confirmadas e outras 7 em investigação. O Estado é o que tem maior número de casos do país, conforme o Ministério da Saúde.

A gravidade da epidemia fez com que o comitê de combate a dengue se reunisse na manhã de hoje com representantes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), agência do Governo Federal que assessora a Presidência da República nas questões de segurança e interesse nacional. O encontro também teve participação do Ministério da Saúde, Defesa Civil, Conselho de Saúde e Conselho de secretários de saúde.

De acordo com as autoridades, a preocupação não é mais com a dengue em Campo Grande, mas a situação do interior, já que o número de municípios em alerta subiu na última semana e passou de 50 para 54.

As notificações também diminuíram na última semana, caindo de 5.828 para 5.085 casos de uma semana para outra.

“A diminuição é atribuída a Campo Grande estamos intensificando porque tivemos aumento nos municípios”, disse Bernadete Lewandowski, diretora de Vigilância em Saúde do Estado.

Conforme o último levantamento das autoridades estaduais, em uma semana a Capital registrou 3.132 casos suspeitos, fechando o mês de fevereiro com 32.365 pessoas com dengue.

Sobre a reunião desta quinta-feira, Bernadete explica que a Abin e o Ministério acompanham de perto a situação da epidemia, para saber o que é feito para impedir o avanço do Aedes Agypti. “Vamos reforçar as ações de controle do vetor, também da parte de vigilância e assistência aos municípios”, comentou.

A expectativa é de que municípios adotem medidas como a Capital, que abriu imóveis fechados com foco. (Foto: Luciano Muta)
A expectativa é de que municípios adotem medidas como a Capital, que abriu imóveis fechados com foco. (Foto: Luciano Muta)

Amanhã, técnicos da Secretaria do Estado e do Ministério seguem para Sidrolândia e Nioaque para prestar assistência para as autoridades daquelas cidades. Sidrolândia tem uma morte confirmada e outra em investigação, enquanto em Nioaque há outra suspeita.

São seis mortes na Capital, duas em Vicentina. Aquidauana, Dourados, Miranda, Nova Andradina, Paranaíba, Rio Verde de Mato Grosso e Sidrolândia têm um registro de morte cada.

Há mortes investigadas em Aquidauana, Campo Grande, Camapuã, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Nioaque e Sidrolândia.

“Vamos percorrer os municípios para saber como eles estão acompanhando, como fazem a hidratação, cartão do paciente e as orientações para os pacientes com risco”, afirmou Bernadete. Ela conta que a intenção é adotar no interior as medidas utilizadas em Campo Grande pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Para os responsáveis pelo combate a dengue, a expectativa é de que a situação melhore a partir de agora com as ações. No começo de março deve ser divulgado o Lira (Levantamento Rápido da Infestação de Dengue) de todo MS.

Tipo 4 – A Secretaria de Saúde coletou amostras de 152 pacientes com dengue, para saber qual o tipo de dengue que eles sofriam. A descoberta foi que o tipo 4 atingiu 31 pacientes, dos quais 14 são de Campo Grande e 10 de Rio Verde de Mato Grosso.

A quarta variante do vírus é a que mais preocupa, já que ela pode agravar o estado paciente. “Ele não tinha circulado e toda pessoa está suscetível a dengue tipo 4”, explico a diretora.

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