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Direto das Ruas

Com 30 mil casos de dengue, moradora faz sua parte e reclama de descaso

Paula Maciulevicius | 25/02/2013 12:09
O resultado é que o lixo está em frente ao imóvel desocupado há mais de um mês. (Foto: Janete Maciel)
O resultado é que o lixo está em frente ao imóvel desocupado há mais de um mês. (Foto: Janete Maciel)
Após a Prefeitura anunciar mutirão, os moradores passaram a colocar entulhos nas calçadas. (Foto: Janete Maciel)
Após a Prefeitura anunciar mutirão, os moradores passaram a colocar entulhos nas calçadas. (Foto: Janete Maciel)

A história dessa vez é o inverso. O dono de um terreno mantém a área limpa, faz a manutenção com frequência, mas sofre com a sujeira mesmo não morando no imóvel. O Campo Grande News já relatou várias situações de terrenos baldios sujos, dessa vez o desabafo é da proprietária de um deles, mas que faz a sua parte e vê vizinhos acumulando lixo nas calçadas, na região do bairro Coophavila II, na Capital.

A leitora Janete Maciel descreveu o drama que vive há mais de um mês. E se tornou drama mesmo, quando Campo Grande vive uma das maiores epidemias de dengue, com 30.762 casos notificados e cinco mortes confirmadas, ter no cotidiano o criadouro do mosquito transmissor da doença. Com a informação de que a Prefeitura passaria recolhendo o lixo, moradores deixaram os entulhos em frente às casas.

Por meio do Repórter News, ela começa “nem este quadro é capaz de conscientizar ou conter atitudes irresponsáveis por parte da própria população bem como o descaso da Prefeitura Municipal de Campo Grande”. O imóvel que está desocupado fica na Vila Kellen, bairro divisa com a Coophavila, uma das regiões recorde nos casos de incidência da doença. Segundo ela, tem mais de mês que a sujeira e o lixo fazer parte do cenário do bairro. Nada desejável.

O imóvel que está desocupado fica na Vila Kellen, divisa com a Coophavila, uma das regiões recorde nos casos de incidência da doença. (Foto: Janete Maciel)
O imóvel que está desocupado fica na Vila Kellen, divisa com a Coophavila, uma das regiões recorde nos casos de incidência da doença. (Foto: Janete Maciel)

“Sempre mantive meu imóvel limpo, porém, minha prática não evitou o desrespeito por parte da própria vizinhança. Na frente de meu imóvel, amontoaram lixo sem nenhum critério ou cuidado”, diz. Nas fotos enviadas por ela, é possível observar restos de árvores até colchão, com o grande volume de chuvas, o lixo chegou a bloquear a passagem normal da água, desviando o fluxo para a calçada recém construída. O resultado, conforme a leitora, são os danos no investimento feito, cobrado pela Prefeitura.

“A Prefeitura irá se responsabilizar pelo prejuízo que sua inércia me causou? Sim, porque do meu imóvel não saiu sequer uma folha para o amontoado de lixo. Exigem calçada com piso tátil e se não fazemos somos multados. E quando a própria prefeitura causa dano no patrimônio particular?”, questiona.

No bairro, a informação repassada pela associação de moradores é de que a Prefeitura anunciou que faria o mutirão de limpeza e por isso pediu para que a população colocasse em frente às casas os entulhos recolhidos.

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