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Cidades

Estado recorre à rede privada para tentar reduzir fila por transplante

Lidiane Kober | 06/05/2014 18:55

Sem realizar um transplante de rim e de coração desde 20 de dezembro do ano passado, o Governo do Estado trabalha em duas frentes para tentar reduzir a fila de pelos menos 408 pessoas que esperam por um novo órgão.

A partir de maio, a Santa Casa voltará a atender pacientes renais e, ao mesmo tempo, o governo tentar fechar parceria com a rede privada para passar a disponibilizar o serviço.

“Comprometemos-nos com o Ministério da Saúde para ampliar o serviço e já conversamos com o pessoal do Hospital El Kadri e do Hospital Evangélico, de Dourados, a fim de abrir um segundo posto de atendimento”, contou o secretário estadual de Saúde, Antônio Lastória.

No ano passado, a Santa Casa fez 45 transplantes de rim e 44, em 2012. De acordo com a tabela indicada pelo Ministério da Saúde, o número ideal de transplantes é de 100 por ano. Mas, segundo a diretoria do hospital, o número ainda é baixo em Mato Grosso do Sul por causa da falta de doadores.

Para piorar a situação, a Santa Casa suspendeu o serviço em dezembro passado. A decisão, segundo o diretor-técnico do hospital, Luiz Alberto Kanamura, levou em conta variação na curva de resultado, que fugiu do normal.

No ano passado, por exemplo, sete pacientes morreram na lista dos 45 transplantados. “Um doador de Porto Velho tinha uma bactéria, que não foi identificada antes do procedimento”, revelou Lastória.

Diante do mistério, representares do Ministério da Saúde vieram, na época, ao Estado para investigar o caso e arrancaram do secretário o compromisso de investir na ampliação da rede de transplantes. Desde dezembro, nenhum procedimento foi realizado no Estado.

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