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Cidades

Fenaj repudia assassinato de jornalista Sul-Mato-Grossense em Ponta Porã

Elverson Cardozo | 14/02/2012 00:15

Este foi o segundo assassinato de jornalista brasileiro em menos de 4 dias

Paulo Rocaro foi executado com cinco tiros. Crime pode ter motivação política. (Foto: Léo Veras)
Paulo Rocaro foi executado com cinco tiros. Crime pode ter motivação política. (Foto: Léo Veras)

Brasil aparece entre os países com mais registros de morte de profissionais da comunicação. Violências contra jornalistas figuram entre os principais crimes. A constatação é da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) que divulgou no final da tarde desta segunda-feira (13), nota de repúdio pela morte do jornalista Sul-Mato-Grossense Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, que foi executado a tiros em Ponta Porã, na noite de ontem (12).

A Federação pede às autoridades investigação profunda e imediata, com a punição dos responsáveis. “Cobramos do governo e do parlamento federais medidas urgentes para que o Brasil não prossiga avançando no ranking internacional de violência contra jornalistas”, diz trecho do documento.

A nota de repúdio se estende aos familiares e amigos do jornalista Mario Randolfo Marques Lopes, de 50 anos, que também foi assassinado. O crime aconteceu na última quinta-feira (9), em Barra do Piraí, no Estado do Rio de Janeiro (RJ).

Mario Randolfo foi morto com um tiro na cabeça, após ser sequestrado - junto com a namorada – e levado a um local de pouco movimento. A companheira do jornalista, Maria Aparecida Guimarães, também foi executada.

Já Paulo Roberto, o Paulo Rocaro, como era conhecido, foi assassinado na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, por volta das 23h30. Segundo o registro policial, o jornalista conduzia um veículo Fiat Idea pela avenida Brasil, quando foi abordado por dois homens em um motocicleta.

A dupla efetuou 12 disparos de pistola 9 mm contra a vítima. Paulo Rocaro foi atingido por cinco tiros. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu e morreu por volta das 4h20, em um hospital de Ponta Porã, cidade onde dirigia o site Mercosul News. Segundo a polícia, o crime pode ter motivações políticas.

Projeto de lei - Este mês a Fenaj discutiu com o deputado federal Delegado Protógenes (PCdoB-SP) iniciativas para ampliar o debate sobre o projeto de lei 1078/11, que propõe a federalização da apuração de crimes contra jornalistas.

Para a Federação, a aprovação da proposta é uma necessidade urgente “de um país que realmente reconheça na liberdade de imprensa um pilar fundamental para o efetivo exercício da cidadania e da democracia”.

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