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Interior

Em carro à frente de jornalista, esposa ouviu tiros e falou com ele

Nadyenka Castro | 13/02/2012 16:55

O delegado Clemir Vieira Júnior, já assistiu às imagens feitas pelas câmeras de um hotel e não descarta nenhuma hipótese para motivação do crime

Paulo Rocaro morreu atingido por tiros de pistola 9mm. (Foto: Lile Correa)
Paulo Rocaro morreu atingido por tiros de pistola 9mm. (Foto: Lile Correa)

Nilda Cardoso, 49 anos, esposa do jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, 51 anos, mais conhecido como Paulo Rocaro, que morreu baleado na madrugada desta segunda-feira, em Ponta Porã, ouviu os tiros e também conversou com o marido após o atentado.

O delegado que investiga o crime, Clemir Vieira Júnior, conta que Nilda e Paulo Rocaro saíram da casa de amigos por volta das 23h30min desse domingo e seguiam pela avenida Brasil: ele no Fiat Idea e ela à frente, em outro veículo.

Em frente a um hotel, dois rapazes em uma motocicleta sem placa se aproximaram do carro de Paulo Rocaro e atiraram. Os vidros do veículo estavam abertos e no corpo do jornalista foram encontradas nove perfurações de pistola 9mm. No Fiat Idea havia apenas duas.

“O carro estava em movimento e eles [atiradores] ainda acertaram nove tiros. É coisa de profissional mesmo”, fala o delegado, referindo-se à dificuldade de quem não sabe atirar em acertar o alvo com o veículo em movimento.

A esposa de Paulo Rocaro ouviu os disparos e foi ao encontro do marido. Antes de chegar ao veículo, ele ligou para ela e falou do atentado, confirmou um amigo do casal. Conforme o delegado, em seguida, a mulher viu o marido ferido. “Ele dizia, me acertaram, me acertaram”, conta.

Após os tiros, os bandidos fugiram em direção ao Paraguai. Eles estavam encapuzados e em uma motocicleta sem placa. O jornalista foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e chegou ao hospital consciente. Por volta das 4h20min desta segunda-feira Paulo Rocaro morreu.

Segundo Clemir Vieira, as câmeras de segurança do hotel não flagraram o atentado. “Filmam só a calçada do hotel”, conta o delegado que assistiu às imagens. Ele já conversou com alguns familiares e amigos de Paulo Rocaro e todos dizem que o jornalista não falava em ameaças.

Como parte das investigações, parentes e amigos devem ser chamados para depor para fornecer mais detalhes que possam levar à motivação e autoria do assassinato. A Polícia Civil investiga todas as possibilidades. “Nenhuma hipótese é descartada”, afirma o delegado.

O corpo de Paulo Rocaro é velado na Pax Primavera e o sepultamento está previsto para esta terça-feira. O jornalista era chefe do Jornal Da Praça e diretor do Site Mercosul News.

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