Gaeco pede quebra de sigilo telefônico do major Carvalho
Ligações telefônicas e movimentação de contas devem auxiliar as investigações da quadrilha presa na semana passada que comandava a jogatina no Estado. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pediu a quebra dos sigilos bancários e telefônicos dos 17 membros da quadrilha, já presos.
A quebra teve aval do juiz da Auditoria Militar, Alexandre Antunes, juntamente com a prorrogação das prisões. A previsão do Ministério Público Estadual é que os dados sejam repassados pelo Banco Central em um prazo até 20 dias.
Com as informações, a previsão é de que novos nomes apareçam e mais envolvidos no esquema que explorava jogos de azar sejam presos.
Os dados também devem revelar qual o patrimônio do chefe da quadrilha, o major da reserva, Sérgio Carvalho e o faturamento diário dos dois cassinos fechados em Campo Grande, e um recém inaugurado na Bolívia.
Estimam-se que o patrimônio do major seja algo em torno de R$ 10 milhões,segundo dados revelados na coletiva de imprensa concedida na última quarta-feira, após ser deflagrada a operação.
Sobre outro preso, o capitão da PM, Paulo Xavier, já se sabe que ele tem uma fábrica de cerâmica em Campo Grande e uma transportadora. Ele era o responsável por avisar sobre operações para apreensão de caça-níqueis e atrapalhar a concorrência.
Preso na terça passada em Corumbá, Carvalho está detido no presídio federal em Campo Grande. Além dele, outros três policiais militares também foram presos acusados de envolvimento com jogos de azar: o capitão Xavier, o cabo Marco Massaranduba e o também o policial militar Odilon Ferreira da Silva, esses presos no Presídio Militar Estadual.