Governo nega pedido e Vivo terá de suspender sinal perto de presídio
A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) negou a solicitação feita pela empresa Vivo para manter ativo o sinal da torre, que fica ao lado do presídio de Segurança Máxima, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, enquanto a operadora encontre um local adequado para a instalação da estrutura.
De acordo com a assessoria de imprensa da Vivo, ontem (1), a secretaria concedeu um prazo de 120 dias para remoção da torre. Mas essa ampliação de data não incluiu a manutenção do sinal naquela área e a terá que fazer a interrupção imediatamente.
O prazo firmado entre a empresa e a Sejusp para a desativação terminou no sábado (29).
Técnicos da empresa estão reunidos nesta manhã, em Brasília, para discutir a questão.
De acordo com secretário de Justiça de Segurança e Pública, Wantuir Jacini, é possível cortar o sinal só do presídio sem prejudicar os moradores da região. Segundo ele, testes foram feitos, porém a tecnologia para esse procedimento é muito cara e pode chegar a R$ 4 milhões.
Conforme Jacini, a Vivo quer que o Estado arque com esse dinheiro. “Não é correto o Estado bancar algo que empresa privada tem que fazer. Eles ganham em cima disso”, afirma.
Wantuir Jacini explica que a torre está em um terreno do governo de forma irregular e por conta disso o que compete a secretaria é determinar a retirada da estrutura. “O bem maior tutelado é a vida e não o direito de usar o telefone, apesar do esforço da Agepen, os aparelhos celulares entram nos presídios das formas mais inusitadas e a nossa preocupação é não permitir que os detentos continuem comandando o crime lá de dentro”, ressaltou.