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Cidades

Indígenas ameaçam fechar estradas em manifesto contra coordenador da Funai

Elci Holsback e Leandro Abreu | 12/11/2016 15:15
Indígenas e estudantes estão no local (Foto: Marcos Ermínio)
Indígenas e estudantes estão no local (Foto: Marcos Ermínio)

Cerca de 50 indígenas da etnia Guarani-Kawioá vieram de Dourados - distante 233 Km de Campo Grande para apoiar o grupo que está na sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) desde a última quinta-feira (10) em protesto contra a exoneração do coordenador regional da entidade, Evair Borges e a nomeação do coronel reformado do Exército, Renato Vida Sant'Anna para a o cargo.

O grupo não quis conversar com a equipe de reportagem, que também não foi autorizada entrar no prédio, mas a informação é de que os indígenas de Dourados permanecerão em Campo Grande aguardando direcionamento de lideranças que estão em contato com a sede da Funai, em Brasília, para definir se haverá bloqueio de rodovias em protesto. "O manifesto não tem previsão para acabar", disse um dos manifestantes que participam da invasão.

No momento há  38 pessoas nas instalações da Funai, sendo 30 indígenas e oito acadêmicos de cursos e universidades diversas da Capital.

A exoneração de Evair Borges foi divulgada na página 37 da edição do dia 10 de novembro do DOU (Diário Oficial da União), que também apresentou a nomeação do militar como coordenador da entidade.

No primeiro dia de manifesto, a líder indígena Sênio Têrenoe, da etnia Terena, que está entre os indígenas que invadiram a Funai, declarou que o nome de Renato Vida Sant'Anna não é aceito pelos indígenas para ocupar a coordenação da entidade. Da mesma forma que não reconhecemos o governo Temer, a nomeação do Vida Sant'Anna não é reconhecida por nós", disse a líder indígena.

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