Iniciada há um ano, obra na Euler de Azevedo só fica pronta em dezembro
Prazo para entrega era de um ano, que terminaria em 27 de julho, mas, mudança em projeto e período de chuva provocou atraso
Prestes a vencer o prazo de entrega da obra da Avenida Euler de Azevedo, em Campo Grande anunciado anteriormente, o Governo de Mato Grosso do Sul prorrogou o contrato de R$ 16 milhões com a Construtora São Luiz por mais quatro meses.
Em 27 de julho de 2016, o Estado deu início aos trabalhos de duplicação na via, a partir do entroncamento com a Avenida Presidente Vargas até o anel viário na MS-080. Na ocasião, o anúncio do período de obra era de um ano. Desde então, os dois contratos – um com a São Luiz e outro com Anfer Construções – subiu de R$ 14,7 para R$ 16 milhões.
Conforme o extrato divulgado nesta segunda-feira, 24, no Diário Oficial do Estado, foi prorrogado por 120 dias o contrato com a São Luiz, “visando à adequação da capacidade de tráfego (multivias) da Avenida Euler de Azevedo”. O trecho compreendido é de 2 km de um total de 4,5 km. O restante é executado pela Anfer Construções.
A Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) afirma que o acréscimo de prazo não acarretará em mais custos. O segundo contrato referente à obra também será prorrogado por igual prazo, no entanto, o extrato oficializando a situação não foi publicado ainda.
Quem passa por lá diariamente reclama da demora no término da obra. “Piorou a situação. A via tem muito buraco, a obra está enrolada”, disse o operador de máquina, Ronaldo Alen, 31 anos, que explicou que muitas pessoas acabam desviando da avenida, em virtude das obras.
Acréscimos – Uma mudança no projeto de drenagem da obra de duplicação da Avenida Euler de Azevedo, fez com que o Governo de Mato Grosso do Sul aumentasse em R$ 1,3 milhão o contrato com a São Luiz S/A, em março deste ano. Esta alteração, explicou em nota a Agência, fez com que o prazo fosse elevado.
Na ocasião, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) disse que o acréscimo ocorreu porque o projeto de drenagem do lote 2 teve de ser modificado. Inicialmente o deságue das águas pluviais aconteceria em propriedades rurais do entorno.
Mesmo com a mudança no projeto, além dos recorrentes períodos de chuva este ano, conforme justificativa do governo, o Estado afirmava a entrega da obra no prazo, o que não vai ocorrer.
Além deste montante, também em março, o diretor-presidente da agência, Emerson Antonio Marques, autorizou pagamento de mais R$ 276.534,92 à empreiteira. Conforme a assessoria de imprensa da Agesul, o valor refere-se ao reajuste previsto em contrato.
Tanto a São Luiz foram contratadas em 11 de fevereiro do ano passado. A reportagem tentou contato com o secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, mas as ligações não foram atendidas.