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Interior

Acampados, professores cobram presença de deputado em protesto

A cobrança é para que Geraldo Resende vote contra a Reforma Previdenciária

Elci Holsback e Helio de Freitas | 16/03/2017 11:37
Professores querem reunião com deputado (Foto: Helio de Freitas)
Professores querem reunião com deputado (Foto: Helio de Freitas)

Esperando a presença do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), seis manifestantes seguem acampados em frente ao escritório político do parlamentar, na rua Nelson Araújo, em Dourados - distante 233 km de Campo Grande. 

Entre os manifestantes estão professores da rede pública estadual do município de Mundo Novo, que estão em Dourados desde ontem (15), quando participaram do manifesto geral. Eles passaram a noite no local, dormiram em barracas e um banheiro químico foi instalado. A rua está interditada.

"Queremos que o deputado Geraldo Resende vote contra o projeto", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Mundo Novo, João Batista, referindo à Reforma da Previdência, principal alvo dos protestos que iniciaram nesta quarta-feira em todo o País.

Ontem, Geraldo Resende disse considerar o movimento “democrático, legítimo e pacífico” e que rejeita alguns pontos propostos na PEC 287, mas que é a favor de uma reforma na Previdência, desde que ela não prejudique a sociedade de modo geral.

“Somos a favor de uma reforma na Previdência, mas não abriremos mão de trabalhar para que ela seja menos danosa ao conjunto da sociedade, sobretudo em aspectos como regra de transição, tempo mínimo de contribuição e idade mínima para requerer o benefício”, afirmou o parlamentar. 

Os manifestantes, entretanto, exigem que o deputado vote contra a medida. Geraldo Resende já sinalizou que irá se reunir com os manifestantes, mas em outro local.

O acampamento na frente do escritório do deputado iniciou ontem, logo após a passeata que reuniu cerca de 5 mil pessoas. Durante o protesto, manifestantes disseram iniciar campanha contra a reeleição do deputado nas eleições de 2018, caso ele vote à favor da reforma.

Sem aulas - Neste momento, a organização dos manifestos está reunida em assembleia com o Sinted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) onde a suspenção das aulas na cidade é avaliada. 

As aulas da rede pública de ensino foram suspensas ontem em Dourados por tempo indeterminado, atingindo 50 mil estudantes das escolas públicas estaduais e municipais e ainda 15 mil acadêmicos de duas universidades públicas da cidade.

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