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Interior

Acusado de matar indígena na véspera do Natal vai a júri 18 anos depois

Dorvalino Rocha foi assassinado a tiros em uma fazenda na cidade de Antônio João em 2005

Por Ana Paula Chuva | 14/10/2023 09:25
Estátua na cidade de Antônio João, cidade onde indígena foi morto em 2005 (Foto: Reprodução)
Estátua na cidade de Antônio João, cidade onde indígena foi morto em 2005 (Foto: Reprodução)

Foi marcado para o mês de novembro o júri popular de João Carlos Gimenes Brites, acusado de matar o indígena da etnia Guarani-Kaiowá, Dorvalino Rocha, na véspera do Natal de 2005 em uma fazenda na cidade de Antônio João, distante 319 quilômetros de Campo Grande.

Dorvalino caminhava em uma estrada dentro da fazenda no dia 24 de dezembro, quando um carro com seguranças da propriedade se aproximou. João Carlos estava entre os homens e atirou duas vezes em direção à vítima que foi atingida no pé e no peito. O indígena chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

O autor dos tiros chegou a dizer à polícia que o carro havia sido cercado pelos indígenas que estavam bastante agressivos e armados com flechas, facas e pedras. João afirmou que atirou no chão para espantá-los e Dorvalino foi atingido acidentalmente.

No entanto, durante as investigações a polícia concluiu que o homem havia atirado com a intenção de matar. João então foi denunciado pelo Ministério Público Federal na 1º Vara Federal de Ponta Porã, em junho de 2006, por homicídio doloso. A arma usada pelo homem foi apreendida e está com o Exército Brasileiro.

Agora, quase 18 anos após o crime, o julgamento de João foi marcado para o dia 27 de novembro deste ano. Porém, a sessão será realizada em Presidente Prudente, interior de São Paulo, a pedido do Ministério Público Federal que afirmou não haver instalação apropriada para a realização do júri.

No julgamento, será apresentada a arma usada no crime e ouvidas três testemunhas de defesa e três de acusação.

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