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Interior

Acusados de cartel do gás, oito empresários continuam presos em MS

São sete empresários de Dourados e um de Nova Andradina que foram presos na operação do Gaeco na semana passada

Helio de Freitas, de Dourados | 02/04/2018 09:53
Viatura da Polícia Militar em frente a uma distribuidora de gás em Dourados, durante operação do Gaeco, na semana passada (Foto: Adilson Domingos)
Viatura da Polícia Militar em frente a uma distribuidora de gás em Dourados, durante operação do Gaeco, na semana passada (Foto: Adilson Domingos)

Continuam presos os oito empresários acusados de montar um cartel para controlar a venda e o preço do gás de cozinha nas regiões de Dourados e Nova Andradina. São sete comerciantes de Dourados e um de Nova Andradina, presos durante a Operação "Laisse Faire", feita pelo Ministério Público em Dourados com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na terça-feira passada.

Na semana passada, os mandados de prisão foram mantidos durante a audiência de custódia. Eles tiveram a prisão preventiva decretada a pedido do Ministério Público que há meses investigava o esquema.

Estão presos Gregório Artidor Linné, dono da distribuidora da Copagaz, César Meirelles Paiva da Paivinha Gás, Rosemar Evangelista Machado da Big Gás, Mauro Victol da Mgás, Márcio Sadão Kushida da Nippon Gaz, Edvaldo Romera de Souza, dono da Gás Bahia e Ed Gás, Rubens Pretti Filho da Graziele Gás e Rogério dos Santos de Almeida, da distribuidora Supergabrás em Nova Andradina.

O advogado de Gregório Artidor Linné entrou com um pedido de liberdade provisória do empresário, mas o juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados ainda não se manifestou sobre o caso.

Segundo o MP, a quadrilha desmantelada hoje no dia 27 recorria até a ameaça de morte contra outros comerciantes para conseguir impor as regras do cartel de gás de cozinha. Os empresários são acusados de combinação de preços e outras práticas ilegais, como comercialização através de revendedores clandestinos e controle de mercado.

“Através desse esquema que existe há vários anos foram violados os princípios estabelecidos na Constituição Federal”, afirmou o promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior. Segundo ele, existe suspeita de facilitação do esquema por parte de agentes públicos responsáveis pela fiscalização. O caso também está sendo investigado.

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