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Interior

Advogado que gerenciava dinheiro do tráfico defendia dois presos do PCC

Geovane Soares da Silva e Dielson Quirino da Silva Souza são clientes de Alexssander Cardoso dos Santos

Por Lucia Morel | 22/11/2023 17:56
Drogas, dinheiro e cartões também apreendidos durante operação no ano passado. (Foto: Divulgação)
Drogas, dinheiro e cartões também apreendidos durante operação no ano passado. (Foto: Divulgação)

O advogado Alexssander Cardoso dos Santos, preso ontem pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), defendia ao menos dois investigados e presos na primeira fase da Operação Expurgo, em 18 de outubro do ano passado. Geovane Soares da Silva e Dielson Quirino da Silva Souza são clientes do defensor em processos de porte ilegal de munições e armas e também da operação.

Ambos foram presos pelo Gaeco em 2023 e havia mandado de prisão contra eles. Entretanto, também foram autuados em flagrante pelo porte ilegal. É nos procedimentos sobre crime contra o sistema nacional de armas que Alexssander defende Geovane. Já Dielson era acompanhado no caso da Operação Expurgo, que está em sigilo, e também no processo de porte. Atualmente, Geovane está preso em Campo Grande, no Presídio da Gameleira II.

Já Dielson é acusado de associação para o tráfico, integrar a organização criminosa e corrupção de menores e era defendido por Cardoso dos Santos em processo da Expurgo e o advogado tentou a liberdade provisória, que foi negada em segundo grau. “(...) não se vislumbra a presença dos pressupostos indispensáveis para a concessão da liminar pleiteada, eis que não está o paciente a sofrer ou na iminência de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”, sustenta desembargador.

Operação Expurgo – O Gaeco desencadeou ontem a segunda fase da operação e prendeu o advogado Alexssander Cardoso dos Santos. Ele é investigado por gerenciar o dinheiro do tráfico de drogas para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a investigação. Ele foi preso no escritório onde atuava, na cidade de Água Clara, a 198 km de Campo Grande.

Segundo o Gaeco, o advogado extrapolou os limites da defesa jurídica. "Passou a integrar diretamente a organização criminosa, para a qual inicialmente prestava serviços, chegando a gerenciar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas e até concordar em guardar uma determinada quantidade de cocaína em seu escritório".

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