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Interior

Alvo do Gaeco, prefeito teve celular apreendido e diz desconhecer investigação

Juliano Ferro postou vídeo em rede social para explicar mandado cumprido hoje na casa dele, em Ivinhema

Por Helio de Freitas, de Dourados | 30/10/2024 14:21


RESUMO

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O prefeito reeleito de Ivinhema, Juliano Ferro, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Contrafação, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Em sua residência, foram apreendidos dinheiro em espécie, cheques e seu celular. Ferro afirmou desconhecer os motivos da operação e se colocou à disposição da Justiça. A investigação aponta para a compra de uma caminhonete importada RAM por Ferro e um comerciante, Luan Matos, com documentação falsificada. Matos foi preso por posse ilegal de armas e munições, enquanto dois policiais militares também foram presos por envolvimento na fraude.

O prefeito reeleito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), alegou desconhecer o motivo de ter sido alvo de mandado e busca e apreensão no âmbito da Operação Contrafação, deflagrada nesta quarta-feira (30) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Em vídeo postado em suas redes sociais, Juliano Ferro disse que, em sua casa, a equipe do grupo especial apreendeu dinheiro em espécie e cheques, “de carros que eu trabalho” e também seu celular (veja acima).

“Não sei ainda o que é, não sei é relacionado à minha vida particular ou à prefeitura, mas estou à disposição da Justiça de Mato Grosso do Sul com muita tranquilidade”, afirmou o prefeito.

Ele também agradeceu aos agentes do Gaeco e ao promotor de Justiça que conduziu as buscas por tratarem suas filhas e sua esposa com educação. Reeleito com 81,29% dos votos no dia 6 de outubro, Juliano Ferro tem quase 770 mil seguidores no Instagram.

Oito mandados de busca e apreensão domiciliar, um mandado de busca e apreensão de uma caminhonete importada RAM branca e intimações sobre imposição de medidas cautelares foram cumpridos durante a operação.

Além de Juliano Ferro, foram alvos o comerciante Luan Vinicius da Silva Matos, preso em flagrante por posse ilegal de armas e munições, e dois policiais militares, um deles residente no Jardim Europa, em Dourados – também preso por estar de posse de uma pistola 9 milímetros com numeração raspada.

Segundo o MP, as investigações revelaram que a caminhonete importada apreendida hoje pertenceu a Juliano Ferro e a Luan Matos, mas nunca foi transferida oficialmente em nome de qualquer um deles.

Por fim, a RAM teve a transferência efetivada para o nome de dois policiais militares, “baseada em documentação falsificada”, conforme a investigação do Gaeco.

A transferência ocorreu em junho de 2023, na agência do Detran em Maracaju. Entretanto, o proprietário da RAM que aparecia no sistema do órgão de trânsito já havia morrido há mais de três anos. Durante cumprimento dos mandados, foram apreendidos R$ 79 mil em espécie, na casa do prefeito.

Outra operação – Luan Matos, preso hoje por porte ilegal de arma, também é alvo da Operação Defray, deflagrada pela Polícia Federal no dia 15 deste mês, em desdobramento da Operação Lepidosiren, ocorrida em agosto.

Ambas as investigações apuram suposta organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. No dia 15, a caminhonete importada Silverado preta, de Luan Matos, também foi apreendida. Assim como a RAM apreendida hoje, a Silverado também pertenceu a Juliano Ferro.

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