ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  18    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Ao entrar com acerto trabalhista, homem descobre que é “funcionário” do Estado

Na carteira de trabalho digital consta que a vítima é professor do ensino médio e dirigente na SED desde 2013

Mirian Machado | 08/01/2022 18:47
Alguns dos prints feitos pelo professor mostra o 'contrato' no aplicativo da carteira de trabalho digital. (Arquivo pessoal)
Alguns dos prints feitos pelo professor mostra o 'contrato' no aplicativo da carteira de trabalho digital. (Arquivo pessoal)

Um professor de Educação Física, de 40 anos, registrou um boletim de ocorrência por preservação de direito após descobrir ser funcionário do Estado de Mato Grosso do Sul após fazer acerto de conta do último emprego. O caso aconteceu  na sexta-feira (7) em Chapadão do Sul, distante 331 km de Campo Grande.

Ao Campo Grande News, o professor contou que trabalhava em uma academia e ao fazer a rescisão do contrato e dar entrada nos benefícios descobriu no pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, que ele “trabalha” em três locais, sendo dois deles na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul.

Dentre as ocupações consta como Dirigente do Serviço Público Estadual e Distrital  desde 2016 e Professor de Artes do Ensino Médio na SED desde 2013, além de funcionário de uma empresa chamada Adecco Recursos Humanos de São Paulo desde 2002. Em ambas empresas e cargos o contrato ainda consta em ‘aberto’ como se o professor ainda estivesse trabalhando.

“Aconteceu que eu não tenho nenhum vínculos com as empresas. Em 2016, por exemplo, eu estava afastado pelo INSS porque fiz uma cirurgia e fiquei mais de um ano assim”, explicou.

Nesta caso do ‘dirigente' ele explicou que o aplicativo tem um erro e ainda consta que esse seria seu primeiro emprego. “Tirei minha carteira de trabalho em 1997 e meu primeiro emprego foi em um frigorífico”, relata.

A vítima ainda afirmou que chegou a cobrir um professor em uma escola estadual, mas na sua área, Educação Física e não em artes. “Mesmo assim não houve documentação ou cadastro, era algo particular de boca a boca ele me pagou o dia”, disse.

“Fui fazer o acerto e o pessoal me orientou a ir na delegacia. Depois do boletim de ocorrência, o delegado disse para eu procurar o Ministério de Trabalho”, contou sobre o perrengue.

Ainda segundo o professor, no final das contas ele conseguiu a liberação do seguro desemprego e do FGTS “Agora vou procurar entender o que aconteceu e evitar mais dores de cabeça, porque consta meu PIS e outras informações, pode ser que eu caia em malha fria e tenha que dar explicação”, concluiu.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul e aguarda retorno.

Nos siga no Google Notícias