Após boatos em MS, vereadores discutem reação ao “Baleia Azul”

Especialistas e representantes de órgãos públicos e entidades se reuniram hoje (24) em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, para discutir uma reação às supostas ameaças feitas por participantes do desafio “Baleia Azul”. Boatos que circularam na semana passada indicavam que participantes teriam recebido a missão de envenenar crianças em escolas.

“Temos que fazer esse debate, trazer a promoção da vida. Reunindo as autoridades, podemos formatar uma ação”, afirmou a presidente da Câmara, Daniela Hall (PSD), que convocou a reunião.

Representantes do Cras (Centro de Referências de Assistência Social), Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), Coordenadoria de Políticas Públicas das Mulheres, Corpo de Bombeiros, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), IFMS (Instituto Federal do Mato Grosso do Sul) e Academia Douradense de Letras participaram da reunião.

A conselheira tutelar Alice Rocha disse que em Dourados não há casos de suicídios relacionados ao jogo, mas informações não oficiais revelam que pelo menos cem adolescentes da cidade participam do desafio. “Baleia Azul não é nada mais do que o abandono afetivo”, opinou.

A secretária de Assistência Social, Ledi Ferla, disse que o risco de propagação do jogo preocupa e sugeriu ações para fortalecimento da família. “Temos que fortalecer o vínculo familiar. Saber o porquê de nossos jovens estarem depressivos. O grande ‘x’ é a depressão”.

“Todos têm família. A depressão não escolhe idade, sexo ou religião, por isso temos que trabalhar a promoção da vida e prevenção”, afirmou o vereador Sérgio Nogueira. Segundo ele, Dourados está entre as três cidades de Mato Grosso do Sul com maior índice de suicídio.

Uma nova reunião para discutir a depressão e o suicídio foi marcada para o dia 25 de maio, às 19h30.