Após greve, escolas voltam às aulas e reposição será a partir de dezembro
Para repor as aulas perdidas devido à greve de servidores, a Secretaria Municipal de Educação de Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, prevê estender o período letivo depois do dia 15 de dezembro, quando seria o início das férias. Com o acordo feito entre a Secretaria e o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), as aulas voltam ao normal nesta manhã.
Segundo a secretária de Educação, Mariniza Mizoguchi, será publicada no Diário Oficial uma resolução, ainda nesta semana, com a definição do novo calendário. A secretaria adiantou que deverá haver, pelo menos, mais 15 dias de aulas de segunda a sexta-feira, no fim do ano.
Para a secretaria, estão descartadas as reposições de aulas nos sábados, pois não estaria garantida a participação de todos os alunos da rede. “É muito difícil repor no sábado, porque muitos país tem compromissos nesses dias e já sabemos que isso não dá certo, pois fizemos um levantamento certa vez e vimos que 50% dos alunos faltaram”, explicou.
A greve, iniciada em 15 de julho, se estendeu por 18 dias com, pelo menos, 18 escolas fechadas e outras parcialmente paralisadas, conforme informou um dos diretores da rede, que tem 45 escolas com 27 mil alunos, atualmente.
Acordo - O município entregará até o dia 15 de outubro um projeto de lei na Câmara Municipal, prevendo a implementação, a longo prazo, do piso de 20h para os professores, que é a principal reivindicação da categoria.
Durante as negociações, a Câmara aprovou reajuste de 8,31% para professores e de 6,15% para funcionários administrativos a partir de julho, mas retroativo a abril. A secretaria não pretendia continuar as negociações depois desse reajuste, mas resolveu estabelecer um prazo para apresentar o projeto de lei que atenda as reivindicações, cedendo a greve.
Um dos coordenadores, que preferiu não se identificar, disse que as reposições de aulas serão feitas, de acordo com a sugestão da secretaria e os professores ficarão atentos aos prazos estabelecidos no acordo. “Temos esperança de que realmente seja cumprido, porque em abril já havia sido assinado esse acordo e tivemos que fazer a paralisação. A gevre foi apenas suspensa, mas se não cumprirem faremos novamente”, afirmou.