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Interior

Após protesto, prefeita diz que prioridade é pagar salário em dia

Helio de Freitas, de Dourados | 27/06/2017 14:02
Délia Razuk disse que assumiu prefeitura com a folha “inchada” (Foto: A. Frota/Divulgação)
Délia Razuk disse que assumiu prefeitura com a folha “inchada” (Foto: A. Frota/Divulgação)

De Brasília, onde tenta conseguir dinheiro do Ministério das Cidades para recuperar as ruas de Dourados, a prefeita Délia Razuk (PR) avisou os servidores municiais que a prioridade é pagar os salários em dia e deixou claro que não haverá reajuste em 2017. Na manhã de hoje (27), educadores e profissionais de enfermagem protestaram na prefeitura e depois saíram em passeata até a Secretaria de Educação.

Através da assessoria, Délia afirmou que reconhece o direito dos profissionais de educação e de enfermagem de protestar e que lamenta pelo município não ter condição de conceder o reajuste neste momento.

“Estamos enfrentando um grande desafio e acreditamos que por meio do diálogo, planejamento, equilíbrio fiscal e controle, vamos superar essa fase. Herdamos a prefeitura com uma folha salarial inchada, já no limite do que permite a Lei de Responsabilidade Fiscal. O PCCR impactou nesta administração”, afirmou ela.

Délia Razuk disse que o objetivo é regularizar o índice da folha de pagamento, que herdou acima de 54%, quando o índice fixado pela Lei Fiscal é de 51,30%. Também aponta “diversas dívidas que ficaram para serem pagas nessa gestão, em curto, médio e longo prazo”.

Já a secretária de Governo, Patrícia Donzelli, disse que a prefeitura não pode assumir um compromisso sem condições de cumprir. “Hoje, conforme divulga a própria Confederação dos Professores, pelo menos 70% dos municípios estão com os salários atrasados ou pagou com atraso”, declarou.

Também por meio da assessoria, o secretário de Fazenda, João Fava, lembrou que o decreto de maio deste ano determinando a redução da despesa com pessoal, veda a concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração.

Ele citou ainda a queda e atraso nos repasses dos governos federal e estadual. O repasse mensal do Fundeb, por exemplo, estaria em R$ 8 milhões enquanto a folha salarial da educação chega a R$ 16 milhões/mês.

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