Aprovado pela Câmara, uso obrigatório de máscara depende de aval da prefeita
Com 186 casos de coronavírus e apontada como novo epicentro da doença em MS, cidade ainda não exige uso de máscara nas ruas
Incluído no documento enviado nesta terça-feira (26) pelo Ministério Público ao comitê de enfrentamento ao novo coronavírus cobrando estudo técnico sobre medidas mais duras contra a pandemia, o uso de máscara nas ruas ainda não é obrigatório em Dourados, a 233 km de Campo Grande. O número de casos do novo coronavírus aumentou quase 300% em uma semana na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, que tem agora 186 confirmados e passou a ser apontada como novo epicentro da doença no Estado.
Aprovado em duas sessões pela Câmara de Vereadores, o projeto apresentado pela Mesa Diretora determinando o uso obrigatório de máscara depende agora de sanção da prefeita Délia Razuk (PTB) para se tornar lei. Atualmente, o equipamento só é obrigatório em bancos, lotéricas, transporte coletivo e supermercados.
Na segunda votação, o projeto original recebeu emenda dos vereadores Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PTB), e de Mauricio Lemes Soares (PSB). Com isso, a multa de uma Uferms (cerca de R$ 30), que inicialmente seria aplicada a todos que descumprissem a norma, agora só será adotada em caso de reincidência. Os dois afirmaram que a emenda reforça o “caráter educativo” do projeto.
Assim que a proposta for sancionada pela prefeita, as máscaras, mesmo de produção artesanal, deverão ser usadas em qualquer local com aglomeração de pessoas, além de logradouros e áreas de acesso público, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus.
Outra emenda, do vereador Elias Ishy (PT), determina que os valores arrecadados com as multas sejam revertidos no Fundo Municipal de Saúde. “Sabemos das dificuldades, mas o uso de máscara pode ajudar a cidade e enfrentar um lockdown”, afirmou o presidente da Câmara Alan Guedes (Progressistas).