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Interior

Assassino vigiava ex e diz que "perdeu a cabeça" ao vê-la no Carnaval

Mayara Almodin, de 29 anos, foi assassinada a tiros na madrugada de domingo; ela tinha um filho pequeno

Por Dayene Paz | 13/02/2024 09:29
Mayara em foto publicada no Facebook; ela foi morta pelo ex-namorado na madrugada de domingo. (Foto: Redes sociais)
Mayara em foto publicada no Facebook; ela foi morta pelo ex-namorado na madrugada de domingo. (Foto: Redes sociais)

Durante interrogatório à polícia, o estudante de Medicina, Diego de Souza Mendonça, 26 anos, afirmou que perdeu a cabeça após ingerir bebidas alcoólicas e ver a ex-namorada, Mayara Almodin Aran Florenciano, 29, em uma festa de Carnaval. Por isso, a matou a tiros na madrugada de domingo (11), em Nioaque, a 184 km de Campo Grande.

O delegado Diego de Queiroz Sátiro Cabral Batista, que está à frente da investigação, explicou como se deram os fatos. Por telefone, disse ao Campo Grande News que o casal de namorados estava separado há algum tempo - sem período informado. Mas o ex não aceitava o fim.

Foi então que passou a vigiar Mayara. "Passava na frente da casa, não aceitava o término", explica o delegado. Além disso, testemunhas contam que ele chegou a fazer ameaças. "Mas ela [Mayara] nunca registrou boletim de ocorrência", pontua o policial.

No dia do crime, Diego contou que ingeriu bebidas alcoólicas e viu a ex em uma festa de Carnaval. "Na saída, viu ela entrando no carro de um casal de amigos. Ela estava no banco de trás", descreve o delegado. Diego, então, seguiu o veículo com a caminhonete Toyota Hilux.

Quando o casal de amigo chegava na casa, na Rua Retirada da Laguna, no Bairro São Miguel, Mayara ainda comentou ter visto o ex se aproximando. Foi então que ele a executou a tiros, ainda dentro do carro. "Disse que perdeu a cabeça, tinha bebido e perdeu a cabeça", revela Sátiro sobre o depoimento do assassino. Mayara chegou a ser socorrida, mas morreu.

Mendonça fugiu com a caminhonete e quando chegava em Maracaju, o diesel acabou. A polícia fez bloqueio em Vista Alegre, distrito daquela cidade, momento em que Diego abandonou a Hilux e fugiu pela mata. Foram feitas diligências naquela ocasião, mas ele não foi encontrado.

Cartaz divulgado pela Polícia Civil quando suspeito estava foragido. (Foto: Divulgação/PCMS)
Cartaz divulgado pela Polícia Civil quando suspeito estava foragido. (Foto: Divulgação/PCMS)

Na sequência, o assassino alegou a um tio que a caminhonete estava apresentando defeito e como precisava chegar a Dourados, pediu uma picape emprestada. A Fiat Strada foi encontrada abandonada nesta segunda-feira de manhã, no Jardim Esplanada, região sul de Dourados.

Pouco tempo depois, Diego Mendonça decidiu se apresentar à polícia de Dourados, onde vai permanecer atrás das grades por força de um mandado de prisão preventiva. O rapaz é aluno do curso de Medicina em uma universidade de Pedro Juan Caballero. As informações são de que Diego pretendia fugir para o Paraguai.

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