Caminhão de milho escondia carga de cocaína avaliada em R$ 3,2 milhões
Apreensão ocorreu durante investigação sobre assalto contra freiras de Sidrolândia; caminhoneiro iria receber R$ 160 mil pelo serviço
Uma carga de cocaína avaliada em pelo menos R$ 3,2 milhões foi apreendida na madrugada de hoje (4) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A carga foi interceptada por policiais rodoviários federais na BR-163, durante as buscas à caminhonete levada no assalto ao convento em Sidrolândia.
A droga estava em um compartimento secreto na cabine de uma carreta Iveco que saiu de Ponta Porã lotada com 31 toneladas de milho a granel, como mostra o vídeo abaixo.
O motorista do caminhão, Anderson Junior Vargas Batista, 38, morador em Ponta Porã, disse que pegou o veículo já preparado com a cocaína. Ele contou que o destino da soja era o porto de Paranaguá. A droga também estava sendo levada para o Paraná.
Em cada tablete da droga havia um adesivo da Lamborghini, a marca italiana que produz carros superesportivos. Para a polícia, é uma forma para identificar o fornecedor da cocaína.
O Campo Grande News apurou que o motorista receberia pelo menos R$ 160 mil pelo serviço. Normalmente, o valor pago a motoristas de cargas de cocaína é de R$ 1 mil por pacote transportado.
No Paraguai, o quilo de cocaína custa 3 mil dólares – cerca de R$ 10 mil. No Paraná e interior de São Paulo a droga é entregue pelo dobro do valor – R$ 20 mil o quilo.
Outro caso – Em dois dias, essa foi a segunda apreensão de droga em carga de grãos que tinha como destino o porto de Paranaguá. No domingo, policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) interceptaram na MS-380, em Ponta Porã, 2.657 quilos de maconha escondidos em um carregamento de soja.
A droga estava escondida em uma carga de soja a granel, transportada na carreta bitrem Scania com placa de Caxias do Sul (RS). Embaixo da soja foram encontrados 89 fardos de maconha.
O caminhão era conduzido por Silvano Aparecido da Silva, 41, que foi preso em flagrante.