Caravana da Saúde atende moradores de 7 cidades e marca 700 cirurgias
Mais de 200 moradores foram atendidos pela Caravana da Saúde ontem (29), em Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande. Na Câmara Municipal, moradores dos municípios de Angélica, Anaurilândia, Batayporã, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul e Taquarussu fizeram a avaliação após cirurgia nos olhos. Aqueles que foram liberados pelo médico farão cirurgia no segundo olho.
Estão programadas mais de 700 cirurgias de média complexidade, no Hospital Regional de Nova Andradina, na área de cirurgia geral e ginecologia. Os procedimentos são realizados desde o dia 17, pela Caravana.
Hoje (30), a Caravana realiza o Dia D de mobilização no estádio Luiz Soares Andrade, com a participação das instituições parceiras como Hemosul, Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor), Tribunal de Justiça, Sesi (Serviço Social da Indústria), Ministério Público, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e outros. Haverá exames e consultas de diversas especialidades, como cardiologia, pediatria, ortopedia, neurologia, entre outras.
Entre os beneficiados com a ação, a costureira Norata de Almeida Ferreira, 69 anos, contou a dificuldade para conseguir uma cirurgia oftalmológica pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Contente com a cirurgia do segundo olho, Norata disse que já não conseguia ler e muito menos costurar. Ela fez a primeira cirurgia em São Paulo, mas não pode operar o outro olho por conta dos custos.
“Durante todo esse tempo fiz os exames mas não tive a cirurgia marcada. A Caravana praticamente foi um anjo da guarda para mim, pois o agente de saúde entrou em contato comigo e fez o cadastro no programa. Foi tudo muito rápido e consegui fazer a cirurgia do segundo olho. É uma benção para a população que precisa de um atendimento deste tipo e não tem condições de pagá-lo. Estão todos de parabéns”, comentou.
A servidora Kelly dos Santos Omito, 32 anos, aguardava desde o início do ano a definição de datas para cirurgia na vesícula. A espera prejudicou sua rotina no trabalho e nos estudos. “No ano passado a minha vida foi praticamente fazendo exames para a cirurgia, mas não se chegava a nenhuma data. Enquanto isso eu tinha fortes crises de dor, não conseguia trabalhar e nem estudar. Cheguei a tentar o atendimento por Dourados e Campo Grande, mas não foi possível. Quando a Caravana me chamou foi um alívio”, disse Kelly.