Caso positivo de varíola dos macacos em Dourados deixa fronteira em alerta
Direção da 13ª Região Sanitária emitiu comunicado após caso positivo a 100 km do departamento de Amambay
A confirmação do segundo caso da doença conhecida como “varíola dos macacos” (monkeypox) em Dourados (a 251 km de Campo Grande) deixou a fronteira em alerta e preocupa o sistema de saúde do Paraguai, localizado a menos de 100 km da cidade onde mora a pessoa infectada.
Nesta segunda-feira (22), a Direção da 13ª Região Sanitária emitiu alerta epidemiológico válido para todo o departamento de Amambay após a confirmação do caso em Dourados. O comunicado orienta a população a procurar centro de saúde imediatamente em caso de sintomas da doença.
De Caracol a Coronel Sapucaia, Amambay tem pelo menos 500 quilômetros de fronteira seca com Mato Grosso do Sul. A capital departamental, Pedro Juan Caballero, é separada por uma rua de Ponta Porã (MS) e fica a 110 km de Dourados.
Em entrevista coletiva, o diretor da 13ª Região Sanitária, Saúl Recalde, disse que o douradense infectado pela doença teve contato com pessoas de Pedro Juan Caballero que já estão sendo monitoradas.
“A intenção não é causar pânico entre a população, mas é importante que todos fiquem atentos diante do surgimento dos primeiros sintomas e procurem atendimento médico imediatamente”, afirmou Saúl Recalde.
O caso positivo em Dourados foi confirmado na quarta-feira (17) pela Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com boletim epidemiológico publicado pela Secretaria Estadual de Saúde, tratam-se de homem de 24 anos de idade que está em isolamento domiciliar.
Com esse caso de Dourados e outro de Aparecida do Taboado, também confirmado na semana passada, MS possui 12 confirmações da doença provocada pelo vírus monkeypox. Os demais registros são de Campo Grande (8), Dourados e Itaquiraí. Todos são homens e maior parte (50%) tem entre 20 a 29 anos.
Conforme a Saúde estadual, as feridas na pele estiveram presentes em todos os casos. Sintomas como febre súbita (70% dos casos) ou adenomegalia (80%) foram bem frequentes. Lesões na região genital (10%), artralgia (10%), lesão oral (10%) e dor retal (10%) foram menos comuns.