Com água até o joelho, morador protesta após lagoa transbordar e invadir rua

Com a rua coberta por água após a Lagoa do Sapo transbordar mais uma vez, o morador Roberto Córdoba gravou um vídeo sentado numa cadeira com água até o joelho para protestar. “Estamos alagados com 25 mm (milímetros) de chuva. Não fica fazendo o povo de palhaço”, disse na imagem direcionada ao prefeito da cidade, Germino Roz (PSDB).

O episódio aconteceu na noite de ontem (13), no cruzamento das ruas João Antônio da Silva com a Luiz Antônio da Silva, em Batayporã, distante 311 quilômetros de Campo Grande. Assista, acima, ao vídeo.

O morador começa falando que fica triste com Batayporã, cidade que tanto ama, critica o prefeito e afirma que as limpezas para evitar alagamentos não estão sendo feitas pelo prefeito. “Pergunta se ele [o prefeito] limpou a valeta lá embaixo? Olha Germino, se você tem amor na sua cidade, faça um pouco por merecer. Você é prefeito, eleito pelo povo. Vem resolver o problema. Não fica fazendo o povo de palhaço”, destacou.

Na rede social, o prefeito publicou nota rebatendo as críticas do morador, afirmando que se preocupa muito com a cidade em dias de chuva. Germino Roz disse que já foram feitas várias intervenções na lagoa, como por exemplo a limpeza total da lama acumulada para dar vazão à água e está construindo projeto junto ao Governo do Estado para pôr fim nas enchentes.

Segundo ele, toda vez que há alagamento aparece alguém para fazer ataques políticos, mas que a Lagoa do Sapo enche desde que Batayporã existe, há 60 anos. “Em dias de sol, o entorno da lagoa tem vida, famílias se reúnem ali, durante o dia e a noite. Pode até não gostar de mim, mas falar que eu não amo minha cidade, que eu não cuido dela, pelo amor de Deus! Eu fui o primeiro prefeito na história a indenizar as famílias no entorno da lagoa”, escreveu.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) publicou dois alertas para chuvas intensas em 32 cidades de Mato Grosso do Sul, inclusive em Batayporã, com precipitação de até 100 mm em 24 horas e ventos intensos (de 60-100 km/h). Há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Além do município, as cidades que devem ficar em alerta são: Campo Grande, Água Clara, Alcinópolis, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Bandeirantes, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corguinho, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dois Irmão do Buriti, Figueirão, Inocência, Jaraguari, Ladário, Miranda, Paraíso das Águas, Paranaíba, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Sonora, Terenos e Três Lagoas.