ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 20º

Interior

Com lanchas, grupo de elite da PF apoia cerco à quadrilha de “Macho”

Bandido que age inspirado em cartéis mexicanos, Felipe Santiago Acosta Riveros conseguiu fugir

Por Helio de Freitas, de Dourados | 19/12/2023 11:38


Equipes do Nepom (Núcleo Especial de Polícia Marítima), grupo de elite da Polícia Federal brasileira, integram a Operação Ignis, deflagrada nesta terça-feira (19) pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) contra a quadrilha de Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, considerado um dos bandidos mais sanguinários do Paraguai.

Utilizando lanchas e armamento pesado, os policiais brasileiros participam do cerco montado na região de Salto del Guairá, no departamento de Canindeyú (veja o vídeo acima). A cidade fica a menos de 20 km de Mundo Novo e perto do Rio Paraná. Durante a operação no lado paraguaio, nove pistoleiros de “Macho” foram mortos e nove presos. Ele conseguiu fugir.

Segundo a PF, o brasileiro Ricardo Luiz Picolotto, o “R7”, preso pela Senad em Salto del Guairá, é um dos líderes da organização criminosa, que exercia com violência o domínio do tráfico de drogas e de armas, além de praticar diversas ações violentas inspiradas nos principais cartéis do México.

Picolotto é tido como um dos grandes fornecedores de armas e drogas para criminosos que atuam no Rio de Janeiro e seu grupo operava grandes esquemas de tráfico internacional tendo o Brasil como destino. Via aérea, recebiam cocaína da Bolívia e depois, também pelo ar, remetiam as cargas ao Brasil. Pela via terrestre, despachavam armas e maconha.

Ainda conforme a Polícia Federal, a organização criminosa também se caracterizava por ações de extrema violência contra facções rivais e contra policiais e militares das Forças Armadas, tanto brasileiras quanto paraguaias.

Morte de militar – Principal líder do grupo, Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, é considerado foragido da Justiça Federal do Brasil por envolvimento no assassinato do militar do Exército brasileiro Daniel Engelmann, 19, em maio de 2020.

O soldado fazia parte da equipe do Exército que patrulhava o Rio Paraná na região de Guaíra (PR) e se deparou com uma embarcação da quadrilha, carregada com mais de meia tonelada de maconha. Na tentativa de abordagem, os traficantes reagiram atirando e mataram o soldado. Por esse motivo, “Macho” está na “Difusão Vermelha” da Interpol (a polícia internacional).

No Paraguai, Riveros ainda é acusado pelo assassinato de um policial e por promover diversos ataques a tiros a delegacias, além de operações de resgate de presos.

Pistoleiros presos durante operação que terminou com nove mortos (Foto: Divulgação)
Pistoleiros presos durante operação que terminou com nove mortos (Foto: Divulgação)

Segundo a PF, chama a atenção o arsenal bélico apreendido hoje em propriedade na zona rural de Salto del Guairá. Fuzis, grande quantidade de munição e uma metralhadora antiaérea foram apreendidos na ação, que segue na região de fronteira, com a destruição de pistas clandestinas utilizadas para envio de cocaína e armas ao Brasil.

“A ação, considerada sensível e de grande importância estratégica para a região, em razão do forte poder bélico do cartel desarticulado e da logística empregada para o tráfico internacional de drogas e armas”, afirma a PF.

A Operação Ignis ocorre por meio da cooperação policial entre a Senad do Paraguai e a Polícia Federal do Brasil e conta com a participação da Adidância da Policia Federal no Paraguai e da Delegacia de PF em Guaíra.

Receba as principais notícias do Estado pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias