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Interior

Comando da PM vai investigar caso de agressão contra jornalista

Sindicato, OAB/MS e coordenador-geral de comunicação da Prefeitura também repudiaram a agressão física

Mylena Fraiha e Helio de Freitas, de Dourados | 02/06/2023 18:40

Após caso de agressão do jornalista Sandro de Almeida Araújo, de 46 anos, em  em Nova Andradina, a 298 km de Campo Grande, o comando da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul divulgou nota informando que está tomando as medidas necessárias para esclarecer a ocorrência.

Em nota, a PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) afirmou que será instaurado um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias e a conduta dos policiais militares envolvidos na ocorrência.

“A PMMS é uma instituição que preza e promove o Estado Democrático de Direito o qual se solidifica, também,  pelo livre trabalho da imprensa, segmento que atua em harmonia com a Corporação, inclusive, incentivando o aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido pela Polícia Militar”, diz trecho da nota.

Repúdio - O Coordenador Geral de Comunicação da Prefeitura de Nova Andradina, Vicente Lichoti, publicou uma nota de repúdio, na qual reforça que a agressão física cometidos é “gravíssima”. “É inaceitável que jornalistas, por sua atividade profissional, sofram ameaças de qualquer natureza e, mais ainda, é inconcebível que este tipo de ação criminosa parta de agentes do Estado”, completou Vicente.

O Sinjorgran (Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados) também emitiu uma nota de repúdio, na qual condenaram a agressão praticada por policiais militares à paisana contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo, que trabalha como repórter e é diretor do Jornal da Nova, em Nova Andradina.

“Em um estado democrático de direito é incabível a agressão por parte de agentes do Estado contra qualquer cidadão, muito menos contra um jornalista em razão da sua profissão. Essa não foi a primeira vez que homens da Polícia Militar de Nova Andradina investiram contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo em razão da postura investigativa desse profissional”, afirma nota da Sinjorgran.

O sindicato também cobrou um posicionamento do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e do secretário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Carlos Videira.

A OAB/MS (Ordem dos Advogados Brasileiros) também se posicionou contra a agressão e reiterou que nomeará uma comissão para acompanhar e apurar o incidente. "Após, com a devida apuração e delimitação dos fatos, analisará as medidas pertinentes cabíveis, não se olvidando, jamais, na defesa intransigente da liberdade de expressão e de imprensa", aponta trecho de nota divulgada.

O caso - Na manhã desta sexta-feira (2), o jornalista Sandro de Almeida Araújo, 46, foi perseguido na rua por dois veículos descaracterizados e sofreu violência física praticada por quatro homens em Nova Andradina, a 298 km de Campo Grande. Ele registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil e acusou policiais militares à paisana pelas agressões e tortura.

Imagens de câmeras de segurança às quais o Campo Grande News teve acesso mostram o momento em que o carro de Sandro é fechado por um Sandero branco e por uma caminhonete L200 branca e os quatro homens descem e vão na direção dele (veja o vídeo acima).

Os vídeos mostram que o jornalista tentou entrar em sua casa, mas foi impedido pelos quatro homens, arrastado até a calçada e imobilizado com golpe “mata-leão”. Sandro passou por revista corporal e os homens também revistaram o carro dele. Depois de 15 minutos de confusão, os quatro homens deixaram o local.

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