Comerciantes propõem barreira sanitária para controlar fluxo na fronteira
Exército paraguaio abriu valetas e instalou arame farpado para impedir entrada de brasileiros no país vizinho
Representantes dos municípios de Ponta Porã, distantes 323 km de Campo Grande, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e também comerciantes propuseram em reunião nesta quarta-feira (22) que seja criada uma barreira sanitária para controlar a entrada e saída de pessoas na linha de fronteira.
O projeto pedindo flexibilização em meio à pandemia do novo coronavírus é liderado pelo presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero, Vitor Barbosa, e deve ser entregue ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.
“Na reunião, levantamos soluções de medidas que flexibilizam a circulação entre a linha de fronteira. Pensamos na união entre os poderes municipais e estaduais das cidades-irmãs para que se apresentem ao presidente do Paraguai medidas de controle sanitário. Entendemos a preocupação do Paraguai com relação a covid-19, mas precisamos levar em conta a realidade fronteiriça, somos duas cidades, mas somos um povo só”, diz o prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo, que também participou do encontro.
Além de fechar a fronteira, o governo paraguaio determinou que o Exército abrisse valetas na linha internacional, evitando as passagens de carros, motos, ciclistas e pedestres. Arames farpados também já haviam sido instalados.
O governador do departamento de Amambay, Ronald Acevedo, opositor ao presidente paraguaio, ameaçou derrubar a cerca e pediu a saída dos militares e disse que na fronteira todos precisam do Brasil. Em resposta, o Exército aumentou o efetivo na fronteira.