Delegado investiga se houve excesso em ação de PM que matou perito
A Polícia Civil irá apurar se houve excesso na ação do cabo da Polícia Militar, Vagner Nunes Pereira, 30, ao matar o perito papiloscopista da Polícia Civil, Jones Gegiori Borges, 38, com três tiros, na madrugada de domingo (13), dentro de um ônibus, na BR-163, em Naviraí – distante 366 quilômetros de Campo Grande.
O delegado responsável pelo caso, Eduardo Lucena, disse ao Campo Grande News que a investigação irá apurar se a ação foi justificada “Era realmente necessário tirar a vida da vítima?”, avaliou.
Na delegacia, o PM alegou que viu o perito se masturbando dentro do ônibus e que, na abordagem, o policial civil teria tentado sacar uma arma.
“Não era mais prudente pedir para o motorista retornar para ele pedir reforço e fazer uma abordagem segura? Ele estava à paisana, a vítima poderia ter acreditado se tratar de um assalto”, questiona o delegado, informando que nenhuma testemunha confirmou o fato de que o perito estaria se masturbando.
Após o depoimento, Vagner foi liberado. “Se necessário, vamos chamá-lo para prestar mais esclarecimentos”, pontua Eduardo Lucena.
Inquérito militar – O sub-comandante do quartel de Naviraí, tenente-coronel Natanael Bonato de Souza, informou que será feita investigação militar para apurar a ação do cabo. “Pelos primeiros detalhes, caminha para ser uma ação necessária”, avalia.
O sub-comandante disse que ainda não conversou com Vagner, mas que, após conculta com psicólogo, ele pode voltar ao trabalho normalmente durante o inquérito. “Ele passará por avaliação psicológica para verificar se está em condições de ficar no serviço operacional”, informou.
Vagner está lotado no quartel de Naviraí desde 2006. Ele estaria indo passar o Dia dos Pais com o pai, que mora em Campo Grande.