Depois de fuga de Maníaco, superintendência da Unei visita Ponta Porã
Mais de um mês depois da fuga de Dyonathan Celestrino, de 21 anos, conhecido como Maníaco da Cruz, a superintendência das Uneis (Unidades Educacionais de Internação) visitou Ponta Porã para levar informações sobre a fuga.
De acordo com o site Merco Sul News, o superintendente, Milton Vilassanti, disse que todos estão sendo ouvidos, desde o diretor, funcionários e adolescentes internados. Não foi descartada qualquer possibilidade, inclusive a de envolvimento da segurança na fuga de Dhionatan.
O levantamento foi encerrado neste sábado (13), mas o procedimento administrativo não tem prazo para conclusão.
Dyonathan fugiu no dia 3 de março da Unei de Ponta Porã, onde estava internado desde 2008 por ter assassinado três pessoas em Rio Brilhante.
Ele estava indevidamente na unidade desde outubro de 2011, ano em que deveria ter sido liberado do regime de internação após ter cumprido a pena de três anos, o prazo máximo estabelecido pelo ECA (Estatuto da Criança e Adolescente).
No entanto, a Justiça determinou em março do ano passado a internação compulsória do rapaz em hospital psiquiátrico, mas Governo do Estado alegou não ter local adequado para o tratamento e o manteve Dyonathan na Unei.
Crimes - Os assassinatos do Maníaco foram em 2008 em Rio Brilhante. A primeira vítima foi o pedreiro Catalino Cardenas, de 33 anos, no dia 2 de julho; no dia 24 de agosto, a vítima foi a frentista Letícia Neves de Oliveira, de 22 anos; e 6 de outubro, a última morte: a estudante Gleice Kelly da Silva, de 13 anos.
O Maníaco utilizava luvas cirúrgicas para cometer os crimes. Ele estrangulava as vítimas e terminava de matá-las com faca, arma com a qual ele escreveu INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus) no peito do primeiro alvo.
O adolescente disse que escolhia as vítimas aleatoriamente e decidia se elas mereciam morrer após “julgá-las” como puras ou impuras, mediante questionamentos sobre valores morais, fé e sexualidade.
No quarto do adolescente foram encontrados pôsteres do Maníaco do Parque, além de revistas pornográficas, CDs. Havia ainda um envelope de cor azul, dentro do qual havia um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho, três jornais com reportagens sobre os assassinatos e pertences das vítimas.