Riedel define futuro político até abril, independente da decisão do PSDB
Prazo foi estabelecido pelo sul-mato-grossense de olho na articulação da própria base

O prazo final para decisão do futuro político do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), é final de abril. Se até a próxima semana o PSDB não definir o caminho que irá seguir - uma fusão ou federação e com quais partidos - Riedel fará a escolha independente da legenda.
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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), aguarda até abril a definição do PSDB sobre fusão ou federação com outros partidos para decidir seu futuro político. Caso não haja decisão, Riedel tomará sua própria escolha. As discussões internas do partido indicam fusão com o Podemos e possível federação com o Republicanos. Riedel, que tem mantido contato com lideranças do PSDB, como Marconi Perillo e Aécio Neves, ainda não revelou sua posição. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, já migrou para o PSD, enquanto o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deve sair do PSDB em maio.
“O que eu coloquei claramente quando a gente esteve junto é que a gente teria que encaminhar essa solução até final de abril. Se não chegar nenhuma solução, eu vou tomar a minha decisão porque eu tenho esse compromisso com o partido e o partido tem comigo de falar até o final de abril, vamos tomar a decisão”, disse.
Para o governador, caso a definição se arraste por mais um mês, será prejudicial a base sul-mato-grossense, que hoje compõe o último reduto tucano do País.
“É muito complicado, principalmente para o Mato Grosso do Sul, que tem uma força política no PSDB expressiva, dar qualquer continuidade a um projeto, seja de qual for. Se o Reinaldo [Azambuja] resolve partido A, eu vou partido B, ou se vamos estar juntos em partidos, como é que os 256 vereadores vão se posicionar, como é que os prefeitos vão se posicionar? Eles têm janela, tem base a ser construída, tem discussão nos municípios”, ponderou.
Segundo ele, as discussões internas do Diretório Nacional apontam para a fusão com o Podemos, e na sequência, o novo partido faria uma federação com o Republicanos, com quem a conversa já está adiantada. Riedel ainda aponta o interesse de outros partidos em uma federação, como o MDB.
Questionado sobre seu posicionamento diante do cenário, Riedel não revelou o que irá fazer. “Eu não sei. Porque eu quero ver primeiro concretizar alguma coisa. Eu não trabalho com o se. Caso se concretize é uma situação e caso não se concretize é outra situação, por isso eu vou aguardar e participar dessas discussões como eu tenho participado”, relatou.
O tucano revelou que nem nas férias, enquanto visitava o filho na Alemanha, deixou de articular o futuro da legenda. “Na viagem agora, eu falei duas vezes com o [presidente nacional do PSDB] Marconi Perillo. Eu falei com a Reinaldo, falei com o Aécio [Neves]. Cada um com a posição”, afirmou.
Nesta quarta-feira (23), o sul-mato-grossense continuará as discussões com o colega e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). A saída do gaúcho do ninho tucano é dada como certa e deve acontecer na primeira semana de maio.
Dos três governadores eleitos pelo PSDB em 2022, apenas o sul-mato-grossense ainda não sinalizou o futuro político. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, foi a primeira a se movimentar e se filiou ao PSD em março. Mesmo com a sinalização da mudança de Leite, o governador do Rio Grande do Sul segue o mesmo roteiro de Riedel, e diz que só tomará decisões após abril, quando o PSDB deve anunciar o caminho que irá seguir para não desaparecer.
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