"Dói ver minha filha no caixão desse jeito", desabafa mãe de vítima do cerol
Uma semana após a morte da enfermeira Cátia Pavaneli Cardoso, família relata que "seguem juntos" no luto
“Foi inesperado. Estamos muito tristes com isso”, afirma Ivone Pavanelli Cardoso, de 60 anos, uma semana após a morte da Cátia Pavaneli Cardoso, de 34 anos, que foi ferida por uma linha com cerol enquanto seguia de moto pela Rua Rogaciano Garcia Moreira, em Três Lagoas, a 327 km da Capital.
Ainda em luto, Ivone explicou ao Campo Grande News que a família está mais unida nesse momento. "Eu estou com os meus netos e genros. Está doendo muito, porque eu não esperava ver minha filha no caixão dessa maneira".
O incidente, que resultou na morte de Cátia, aconteceu em uma tarde de sábado, do dia 27 de janeiro. Conforme noticiado anteriormente, a vítima pilotava uma motocicleta Honda CG Titan 150 de cor vermelha quando foi surpreendida pela linha, que estava atravessada na pista.
Testemunhas relataram que Cátia ainda conseguiu controlar a motocicleta por aproximadamente 50 metros após o incidente, mas infelizmente não houve tempo para prestar os primeiros socorros. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, porém, ao chegar ao local, constatou o óbito da vítima.
O filho de Cátia, de 5 anos, estava como passageiro quando o acidente aconteceu, entretanto, não ficou ferido. "Ele diz que está com saudade da mãe, mas está mais calmo agora", explica Ivone.
De acordo com Ivone, a família já procurou a Justiça e deu entrada no boletim de ocorrência. “Cerol sempre foi proibido, mas precisou minha filha ir embora para tomarem uma providência. Espero que a pessoa tome consciência e se entregue”.
Mesmo com dor, a mãe afirma que guardará a alegria e gentileza da filha em sua memória. "Tudo o que eu vivi com ela era especial. Era uma pessoa alegre, conhecia todo mundo e ajudava sempre quem pedia. Era responsável com o trabalho dela. Vamos guardar isso conosco".
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