Dourados apresenta maior taxa de suicídios do Centro-Oeste
Uma das razões que elevam o número de casos, é a ocorrência de suicídios entre a população indígena
Entre 280 cidades consideradas de grande porte – com mais de 100 mil habitantes – em todo Brasil, Dourados, a 233 Km de Campo Grande, é a 272ª colocada no ranking com maior frequência de suicídios e a 1ª quando se leva em conta os 20 municípios analisados no Centro-Oeste pelo IDL (Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade), desenvolvido pelo Instituto de Longevidade MAG.
Para chegar ao resultado, o instituto analisou o total de óbitos causados por suicídio em relação ao total da população e a nota atribuída a Dourados foi baixa – 32,72 –, enquanto Campo Grande ficou em 191º lugar e nota 67,98 (quanto mais próximo de 100,00, melhor o desempenho).
Uma das razões que elevam o número de casos do tipo na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, é a ocorrência de suicídios entre a população indígena. Num caso de setembro do ano passado, por exemplo, adolescente de 17 anos se matou. No município, há cerca de 18 mil habitantes indígenas, o que corresponde a quase 8% de toda população, que é de 220.965 habitantes.
O dado surge em meio à campanha nacional do Setembro Amarelo, que pretende alertar sobre e até mesmo reduzir a ocorrência de suicídios. Conforme o Instituto MAG, os dados servem de apoio para “orientar a sociedade, de forma objetiva, sobre a realidade de seus municípios”, diz o diretor-Executivo da entidade, Henrique Noya.
Para ele, os números ajudam ainda a “que os gestores possam pensar em políticas que ajudem a aprimorar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas. O ideal é pensar quais estratégias e ações estão sendo feitas nas cidades para conscientizar a população sobre a prevenção ao suicídio e a promoção de práticas que ajudem os apoiem em relação à saúde mental”.
Dados gerais – Na colocação geral do IDL, Dourados está em 176º lugar e Campo Grande em 86º. A melhor cidade para se viver no País, é São Caetano do Sul (SP), que ficou em 1º lugar na média de entre os 50 indicadores analisados em sete variáveis: Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Cultura e Engajamento; Educação e Trabalho; e Indicadores Gerais.