Drogas eram traficadas escondidas em louças de banheiro na fronteira
Droga foi descoberta depois que policiais pararam motorista levando mercadorias para Minas Gerais
Carregamentos de louças para banheiro compradas em lojas do Paraguai estão sendo usados para transporte de maconha da fronteira para Minas Gerais. Descoberto ontem (24) por policiais civis em Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande), o esquema não chega a ser novidade devido à grande quantidade de droga costumeiramente encontrada em cargas de outros produtos.
Após denúncia anônima, equipes da 2ª Delegacia de Polícia Civil da cidade – separada apenas por uma rua de Pedro Juan Caballero (Paraguai) – apreenderam quase meia tonelada de maconha. A maior parte estava em uma van com peças de banheiro e o restante na casa onde o veículo tinha sido carregado, no Jardim Universitário.
A van branca foi encontrada parada na Rua Vicente Azambuja, perto do Detran. O motorista disse que estava em lan house próxima, imprimindo os documentos necessários para o transporte da mercadoria que havia carregado mais cedo em uma residência no Jardim Universitário para levar até Contagem (MG).
Ele contou que receberia R$ 3.800 para fazer o frete através de aplicativo e que tinha sido contratado por meio de WhatsApp. Disse que estava em Mato Grosso do Sul por ter feito frete de Betim (MG) para Nova Andradina, Dourados e Ponta Porã.
Segundo relato do motorista aos policiais, na van estavam pias e assentos sanitários. Os policiais decidiram revistar a carga e encontraram os tabletes de maconha. Na delegacia, o motorista mostrou as notas do transporte e as conversas por WhatsApp sobre a coleta da carga, transporte e pagamento do serviço.
Os policiais foram então até a casa onde a van tinha sido carregada, na Rua Coronel Aurélio do Amaral). A residência estava vazia e o portão aberto. Havia grande quantidade de maconha em um dos banheiros, além de produtos usados para embalar a droga.
A maconha que estava na van pesou 286 quilos. Na casa, foram encontrados mais 189 quilos da droga e 12 quilos de skunk, a chamada “supermaconha”, totalizando 487 quilos. Entre os documentos entregues pelo motorista, estão a nota da transportadora e de compra das louças na Loja Alemax.
Segundo a ocorrência policial, em ambas aparece o nome de Elson Vitório da Silva como comprador dos produtos e como destinatário da encomenda. Por esse motivo, ele foi qualificado como suspeito. O motorista da van foi liberado por ficar caracterizado que ele não sabia da droga.