ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 32º

Interior

Motorista de carga recorde de maconha pega seis anos em regime semiaberto

Leandro Alves Tavares está no presídio de Dourados e ainda hoje deve ser colocado em liberdade

Helio de Freitas, de Dourados | 19/11/2021 13:18
Carreta com 36,5 toneladas de maconha, maior apreensão do Brasil, em julho deste ano. (Foto: Adilson Domingos)
Carreta com 36,5 toneladas de maconha, maior apreensão do Brasil, em julho deste ano. (Foto: Adilson Domingos)

Leandro Alves Tavares, 32, preso em julho deste ano com 36,5 toneladas de maconha, a maior carga da droga já apreendida em toda a história do País, foi condenado a 6 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão em regime semiaberto.

A sentença foi dada hoje pelo juiz Mario Cesar Mansano, da comarca de Deodápolis, onde a carga foi apreendida por policiais militares rodoviários no dia 10 de julho deste ano. Além da maconha, a carreta transportava soja a granel para esconder os fardos de droga.

Recolhido na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) há quatro meses, Leandro deve sair ainda hoje da cadeia, já que na sentença, o magistrado revogou a prisão preventiva e determinou expedição do alvará de soltura.

Na mesma decisão, o juiz mandou devolver o dinheiro, o celular, a corrente, a pulseira e o anel de ouro que estavam com o motorista, segundo ele, por não ter sido comprovada a relação com o tráfico, mas decretou o perdimento, em favor da União, da carreta Scania, onde estavam os fardos de maconha.

O crime de tráfico de drogas prevê pena de 5 a 15 anos de reclusão, mas o juiz acatou a tese da defesa – feita pelo advogado douradense Renan Pompeu – e desqualificou a parte da denúncia do Ministério Público que pedia condenação por tráfico entre estados.

Policiais responsáveis pela apreensão ouvidos como testemunhas afirmaram que Leandro Tavares havia informado como destino da carga o porto de Santos (local onde a soja seria descarregada), mas o motorista disse em juízo que a maconha seria entregue em Três Lagoas (MS).

“Não se pode reconhecer a majorante [agravante da pena] tão somente com base no contrato indicando que a soja seria destinada a Santos/SP, sob pena de basear o agravamento da pena em mera suposição de que a droga também teria tal destino, o que não se admite”, afirmou o juiz Mario Cesar Mansano.

A apreensão – Na tarde de sábado, 10 de julho, policiais militares rodoviários interceptaram a carreta bitrem na rodovia MS-276, no distrito de Lagoa Bonita.

Leandro Tavares apresentou nervosismo acima do normal e levantou suspeita dos agentes. Após vistoria no compartimento de carga, os policiais encontraram os fardos de maconha em meio à soja em grãos.

A carga superou em quase 3 toneladas a apreensão feita pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) no dia 26 de agosto de 2020, em Maracaju, até então, o maior carregamento de maconha já apreendido no Brasil.

Nos siga no Google Notícias