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Interior

Durante inspeção, linhas de pesca são encontradas em fezes de onça-pintada

Equipes da PMA teriam recebido denúncia de que o animal comeu peixe com anzol, o que mostra os impactos

Geniffer Valeriano | 27/06/2023 17:53
Onça foi sedada para realização de exames. (Foto: Divulgação PMA)
Onça foi sedada para realização de exames. (Foto: Divulgação PMA)

Onça-pintada monitorada começou a passar mal e exames mostraram outro risco aos animais silvestres na natureza. O bicho engoliu linhas de pesca. A PMA (Polícia Militar Ambiental) junto com os Institutos Reprocon e Onça-Pintada sedaram e fizeram exames de raios X, ultrassonografia e coleta de sangue.

Mas durante as inspeções pelo local onde a onça macho estava, foram encontradas fezes com linhas de pesca, o que reforçou a suspeita dos militares.

“Tinha uma informação que essas onças, que ficam nesta região, estavam sendo cevadas. A gente já estava com essa informação monitorando. Algumas pessoas disseram que uma das onças havia ingerido um peixe com anzol. Então foi feita a operação para verificar qual era a situação das onças, o estado de saúde delas”, contou a capitã da PMA (Polícia Militar Ambiental), Thamara de Britto.

A situação ocorreu no local conhecido como “Barranco do Batomucho”, na região do Morro do Azeite, que fica na cidade de Miranda, 201 km distante da Capital. As equipes estiveram por lá no último final de semana, nos dias 25 e 26, mas só divulgaram hoje.

Fezes com linhas de pesca que foram encontradas. (Foto: Divulgação PMA)
Fezes com linhas de pesca que foram encontradas. (Foto: Divulgação PMA)

O animal passou por raio X, ultrassonografia e coleta de sangue. As linhas foram encontradas nas fezes, mas o anzol não. “A questão da linha que estava nas fezes até o momento não se sabe a qual animal que pertence, porque mais de um animal estava ficando na região. Um corpo estranho em um animal, numa situação dessa, que é uma linha, pode gerar muitas aderências, podendo gerar muitos problemas no trato gastrointestinal”, explicou a capitã.

No local onde a onça já foi avistada interagindo com outros animais, foram instaladas câmeras e o macho também recebeu uma coleira para que assim possa ser realizado o monitoramento e avaliação do seu comportamento. Após o término dos procedimentos realizados, a onça foi solta. Com o monitoramento montado, a equipe ainda alinha os próximos passos a serem tomados.

Outros frequentadores da região também informaram que alguns turistas e pescadores estão alimentando os animais que vivem ali, até mesmo as onças, apesar do perigo com advertência em placas espalhadas pela mata.

Essa prática, de alimentar animais silvestres, é considerada crime ambiental com pena prevista de detenção de três meses a um ano. O infrator ainda pode receber multa de R$ 500 a R$ 3.000 por pessoa. Placas informativas sobre o assunto foram colocadas às margens do Rio Miranda.

Avisos foram adicionados nas margens do Rio Miranda. (Foto: Divulgação PMA)
Avisos foram adicionados nas margens do Rio Miranda. (Foto: Divulgação PMA)


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