Em greve, servidores da educação infantil protestam na prefeitura
Educadores de Dourados cobram contratação de auxiliares e prometem manter atendimento parcial a partir de amanhã
Servidores da educação infantil fazem dia de greve nesta segunda-feira (17) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Eles cobram da prefeita Délia Razuk (PTB) a contratação de auxiliares e estagiários e afirmam que a prefeitura não se organizou para o ano letivo, iniciado na semana passada.
Segundo a categoria, a falta do grupo de auxílio nos 39 centros de educação infantil coloca em risco até mesmo a segurança dos alunos. As unidades atendem pelo menos 3.500 crianças de até cinco anos de idade. Nos locais onde os servidores iriam aderir à greve os pais foram orientados a não levarem os filhos hoje.
Os grevistas fizeram protesto nesta manhã no CAM (Centro Administrativo Municipal), onde fica o gabinete da prefeita Délia Razuk. Liderado pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores da Educação), o ato teve faixas e cartazes cobrando a contratação de mais profissionais. “Ceim não é depósito de criança”, dizia um dos cartazes.
Eles não conseguiram falar com a prefeita e protocolaram as reivindicações no gabinete. Depois os servidores foram até a Câmara Municipal, onde foram recebidos pelos vereadores Elias Ishy (PT) e Daniela Hall (PSD).
De acordo com o Simted, a partir de amanhã as unidades infantis vão funcionar apenas parcialmente, das 7h às 9h e das 13h às 15h. O sindicato já denunciou ao Ministério Público a falta de auxiliares de apoio nos centros infantis e afirma que a carência é de pelo menos 700 profissionais.
Ao Campo Grande News, o secretário municipal de Educação Upiran Jorge Gonçalves disse que a contratação do pessoal de apoio é atribuição da Secretaria de Educação, mas foi informado pelo núcleo de estágio que houve baixa procura pelas vagas.
Ele informou que hoje à tarde tem audiência no Ministério Público e vai pedir mudança na regra que determina contratação dos estagiários da educação infantil através de processo seletivo. “Vamos pedir que a contratação volte a ser feita diretamente pelas unidades, para tentar resolver essa falta de pessoal”.
Sobre a greve de hoje e do atendimento parcial a partir de amanhã, Upiran Jorge Gonçalves informou que a Procuradoria-Geral do Município entrou com medida judicial apontando a ilegalidade do movimento, mas ainda não obteve resposta do Judiciário.