Esposa de ex-diretor é liberada da prisão após pagar fiança
Fernanda Canova Dias, de 36 anos, foi detida durante a operação Combustão do Gaeco
A esposa do ex-diretor da secretaria de Obras de Ribas do Rio Pardo, Fernanda Canova Dias, de 36 anos, foi liberada da prisão após o pagamento da fiança, nesta terça-feira (12).
Fernanda foi detida por investigadores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que encontraram dois revólveres calibre 38 e seis munições no cofre de sua residência. As buscas no local ocorreram durante na operação Combustão, deflagrada nesta manhã.
O armamento pertencia ao seu marido, Paulo Roberto Santana Nogueira, que não estava em casa, no Bairro Jabur. Em nota divulgada nesta noite Paulo informou que as armas eram herança do seu falecido pai e das quais não havia se desfeito “por razões sentimentais” e que aguardava o momento em que houvesse condições legais para registrá-las.
Paulo alegou que houve falta de razoabilidade no momento da abordagem. “Admito que a lei proíbe armas sem o devido registro legal, mas conduzir uma mãe de família, que quando se casou comigo não trouxe entre seus pertences nenhuma arma, entendo ter sido falta de razoabilidade, até porque todos sabem como vivemos e da nossa índole”, comentou.
Paulo finalizou o posicionamento dizendo às buscas de documentos em sua residência, nesta terça-feira, deve-se ao fato de ter sido diretor da Secretaria de Obras da cidade. “Sinceramente, não me preocupo em nada com isso, pois jamais participei de ações ilegais”, concluiu.
A investigação - A operação cumpriu 17 mandados de busca autorizados pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). As ordens judiciais são cumpridas em Ribas do Rio Pardo, Campo Grande, Dourados e São Gabriel do Oeste. A ação tem apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Hoje, o Gaeco cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do prefeito de Ribas do Rio Pardo, Paulo Cesar Lima Silveira, o Paulo Tucura (DEM); do vice-prefeito Luiz Dutra; do ex-secretário de Administração, Aníbal Júnior; do ex-diretor da secretaria de Obras, Paulo Roberto Santana; e do empresário Rinaldo Nunes.
O MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) investiga esquema para desviar dinheiro público a partir de contratos de aquisição de combustíveis.Por meio de abastecimento fraudulento, valores eram retirados em espécie no posto de combustíveis que integrava o núcleo criminoso.