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Capital

Para reduzir fila de espera, mutirão psicossocial atende 750 crianças da Capital

Ação acontece no Caps Infantojuvenil, na Rua São Jorge, bairro Monte Castelo, das 7h às 19h

Por Mylena Fraiha e Murilo Medeiros | 15/03/2025 09:48
Para reduzir fila de espera, mutirão psicossocial atende 750 crianças da Capital
Mãe e filha aguardam atendimento em mutirão psicossocial no Caps Infantojuvenil (Foto: Paulo Francis).

Para reduzir a fila de espera, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) realiza, neste sábado (15), um mutirão de atendimento psicossocial para crianças e adolescentes. A ação acontece no Caps Infantojuvenil, na Rua São Jorge, bairro Monte Castelo, das 7h às 19h, e atenderá 750 pacientes agendados.

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A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande realizou um mutirão psicossocial para atender 750 crianças e adolescentes, visando reduzir a fila de espera por atendimento, que conta com 1.065 pessoas. A ação ocorreu no Caps Infantojuvenil e incluiu triagem, consultas com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, além de exames de sangue. Dependendo do diagnóstico, pacientes podem ser encaminhados para centros de reabilitação. A iniciativa também ofereceu emissão de documentos e atividades recreativas. Mães relataram dificuldades em obter atendimento particular e esperam que o mutirão traga melhorias para seus filhos.

Atualmente, a Capital conta com 1.065 crianças e adolescentes na fila para atendimento. Segundo a médica psiquiatra e coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial da Sesau, Gislaine Budib, algumas dessas pessoas não foram localizadas ou não residem mais em Campo Grande, mas ainda poderão ser atendidas futuramente. Ela reforça que o atendimento no mutirão é exclusivo para os pacientes previamente agendados.

A médica destaca que o principal objetivo da ação é diagnosticar os casos de crianças e adolescentes que aguardam atendimento há quase dois anos. “Não dá para olhar para essa fila e não fazer nada. Por isso, estamos fazendo essa primeira reclassificação, para depois avaliar a necessidade de novos atendimentos. Esse é o primeiro passo para zerar essa fila, e essa é a nossa expectativa e esperança”, afirma.

Para reduzir fila de espera, mutirão psicossocial atende 750 crianças da Capital
Mãe e filho passam inicialmente por uma triagem antes de serem atendidos por equipe da Sesau (Foto: Paulo Francis).

Os pacientes passam inicialmente por uma triagem e, em seguida, são encaminhados para uma das 26 salas de atendimento multiprofissional, que contam com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais.

Além disso, exames de sangue estão sendo realizados no local. Se houver necessidade de exames complementares, como tomografia de crânio e eletrocardiograma, os pedidos são feitos e o agendamento ocorre para as próximas semanas.

Dependendo do diagnóstico, a criança ou adolescente pode ser encaminhado para centros de reabilitação especializados, como Cotolengo, Funcraf e Juliano Varela. “Avaliamos se a criança pode continuar o tratamento na rede primária ou se precisará de um acompanhamento mais específico”, explica Gislaine.

No local, uma equipe da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) também está emitindo RGs e a CIPTEA (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista).

Já a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul) organizou um espaço de recreação com brincadeiras e atividades lúdicas, como massinha de modelar, desenhos, pintura, amarelinha e corda. “Toda criança é criança e merece brincar”, ressalta a médica.

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Crianças participam de atividade lúdica com massinha de modelar (Foto: Paulo Francis).

Famílias beneficiadas - A contadora Ana Dresch, de 31 anos, levou a filha de 7 anos, que aguardava atendimento desde maio de 2024. “A Sesau mandou uma mensagem avisando da consulta com psicóloga e psiquiatra. Ela tem TDAH, é muito desatenta e hiperativa. Na escola, já está atrasada na leitura. Hoje, finalmente teremos um direcionamento de como lidar com ela”, conta.

Para reduzir fila de espera, mutirão psicossocial atende 750 crianças da Capital
Ana levou a filha de 7 anos, que, segundo ela, aguardava atendimento desde maio de 2024 (Foto: Paulo Francis).

Ana explica que tentou buscar atendimento particular, mas não conseguiu manter os custos. “Já levei a um psiquiatra particular, mas não consegui continuar pagando. Ela ainda não toma nenhum medicamento porque está esperando o atendimento médico. Precisamos desse suporte para saber qual tratamento seguir".

Para reduzir fila de espera, mutirão psicossocial atende 750 crianças da Capital
Renata explica que sua filha, de 12 anos, aguardava há dois anos por atendimento (Foto: Paulo Francis).

Outra mãe beneficiada pelo mutirão é a dona de casa Renata Gonçalves, de 37 anos. Sua filha, de 12 anos, aguardava há dois anos por atendimento. “Ela tem muita dificuldade na escola e a professora recomendou o acompanhamento. Hoje, conseguimos a vaga. Esse mutirão vai ajudar muito na melhora dela”, afirma.

Confira a galeria de imagens:

  • Foto: Paulo Francis.
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  • Foto: Paulo Francis.
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