Estado concede licença para estudo de implantação de termelétrica
Foi concedido nesta terça-feira (24) pelo Governo do Estado a licença ambiental prévia para que o grupo GPE (Global Participações em Energia) inicie os estudos para implantar uma usina termelétrica a gás natural em Ladário - município localizado a 419 km de Campo Grande.
Ao todo, a estimativa é que sejam investidos R$ 900 milhões no empreendimento. A autorização foi assinada pelo secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, ao lado da governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB), e de empresários do grupo baiano.
Atuando há mais de 16 anos no mercado energético, a GPE se instalará aos fundos da subestação de energia do grupo Elecnor situada em frente ao Sindicato Rural de Corumbá, mas em área já dentro do município de Ladário. A usina termelétrica terá capacidade para gerar 267 MW de energia.
O potencial energético da unidade deverá ser suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes. A usina irá adquirir o gás natural diretamente da Bolívia através do ramal do gasoduto que abastece o Brasil. Estima-se que sejam usados 1,2 milhão de m³ de gás natural por dia.
"Vou me sentir muito gratificada em chegar àquela região e anunciar um grande empreendimento, que, sem dúvidas, vai fomentar o desenvolvimento e gerar empregos e renda em uma parte do Estado que precisa de grandes investimentos", disse Rose Modesto, durante a assinatura da licença nesta terça. Ela estará em Ladário nesta quarta-feira (25).
Rose também destacou que, mesmo na crise, Mato Grosso do Sul continua atraindo investidores e acelerando o desenvolvimento local, graças à credibilidade do governo estadual e da política de incentivos fiscais praticada.
No quesito empregos, a usina de Ladário deve gerar 500 postos diretos e dois mil indiretos na sua construção. O grupo GPE desenvolve atualmente sete projetos energéticos, com cinco termelétricas e duas hidroelétricas, nos estados da Bahia, Amazonas, Rio Grande do Norte e Tocantins, gerando mais de 1,5 empregos diretos.
"A região de fronteira com a Bolívia nos atraiu pelos incentivos do Estado, o gás natural disponível e a infraestrutura existente", disse o diretor Valfredo Ribeiro Filho.