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Interior

Estudantes e professores voltam a protestar contra intervenção na UFGD

Universidade da Grande Dourados é comandada pelo segundo reitor temporário desde 2019

Helio de Freitas, de Dourados | 25/08/2021 16:27
Manifestantes no prédio da reitoria da UFGD, hoje em Dourados. (Foto: Divulgação)
Manifestantes no prédio da reitoria da UFGD, hoje em Dourados. (Foto: Divulgação)

Professores e estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) fizeram novo protesto nesta quarta-feira (25), contra a intervenção do governo federal no comando da instituição. Desde junho de 2019, a Universidade é comandada por reitor temporário, nomeado pelo Ministério da Educação.

Ato em frente ao prédio da reitoria, na Rua João Rosa Góes, marcou os 806 dias de intervenção. Atualmente, a UFGD tem como reitor o professor Lino Sanabria, nomeado em fevereiro deste ano para o lugar de Mirlene Damazio. Ela foi a primeira reitora pro tempore, colocada no cargo em junho de 2019.

“Lino, pode correr! Tira as mãos da UFGD”, cantaram os manifestantes. Faixas instaladas em frente à reitoria também defenderam autonomia da universidade pública e protestaram contra PEC 32 (reforma administrativa).

Em discussão na Câmara, a proposta do governo Bolsonaro acaba com a estabilidade e extingue promoções automáticas de novos servidores, além de limitar e acabar com outros benefícios do funcionalismo público.

O professor Etienne Biasotto, vencedor da eleição interna feita em março de 2019, mas que até agora não foi nomeado como reitor, discursou no ato de hoje. Há quase 900 dias, ele luta na Justiça para assumir o cargo. Etienne é filiado ao PT.

Quando Mirlene foi nomeada, em junho de 2019, o Ministério da Educação alegou que a validade da eleição interna estava sendo contestada na Justiça. Entretanto, em agosto do mesmo ano, o juiz federal de primeira instância decidiu pela legalidade da eleição e da lista tríplice.

No fim de novembro do ano passado, o desembargador Nery da Costa Junior, do TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, determinou providências imediatas para envio da lista tríplice ao Ministério da Educação. Até agora, o caso não teve solução devido a recursos do MPF (Ministério Público Federal).

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