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Interior

EUA querem extraditar pistoleiros que mataram promotor paraguaio

Investigadores descobriram que pagamento a matadores foi feito através de conta norte-americana

Por Helio de Freitas, de Dourados | 29/04/2024 09:38
Envolvida na execução de promotor, Margareth Chacón é vigiada por policiais colombianos (Foto: Diário Hoy)
Envolvida na execução de promotor, Margareth Chacón é vigiada por policiais colombianos (Foto: Diário Hoy)

A polícia norte-americana quer extraditar para aquele país os três homens e uma mulher presos na Colômbia pelo assassinato do promotor de Justiça Marcelo Pecci, em maio de 2022, numa praia privada de Cartagena das Índias. Ele liderava a força-tarefa contra o crime organizado no Paraguai e tinha forte atuação contra cartéis da droga baseados na linha internacional com Mato Grosso do Sul.

Investigadores do DEA (órgão norte-americano de repressão ao tráfico) e do Ministério Público daquele país acreditam que os 550 mil dólares usados para pagar os pistoleiros saíram de operações financeiras baseadas nos Estados Unidos, o que justificaria um pedido formal de extradição.

À frente da Ultranza PY, maior operação da história do Paraguai contra o narcotráfico, Marcelo Pecci passava lua de mel na Praia de Barú quando foi morto a tiros por um pistoleiro, no dia 10 de maio de 2022.

Dos quatro presos, três já foram condenados - Andrés Pérez Royos (condenado a 25 anos de prisão), a mulher dele Margareth Lizeth Chacón (condenada a 39 anos) e o irmão de Andrés, Ramón Peréz Hoyos (sentenciado a 25 anos).

Francisco Correa Galeano, apontado como intermediador do assassinato, fez acordo com a Justiça da Colômbia e tem imunidade até dezembro deste ano. Ele não foi julgado, mas segue detido na sede do Ministério Público colombiano.

Autoridades ligadas às investigações afirmam que, apesar de o assassinato de Marcelo Pecci ter ocorrido na Colômbia, a suspeita de que o dinheiro saiu de contas norte-americanas pode ser usada pelos Estados Unidos para requerer a extradição dos presos.

No Paraguai, familiares do promotor torcem para que a polícia norte-americana entre no caso e ajude a identificar o mandante. Até agora, a investigação não chegou ao mentor do crime. Entre os suspeitos está o narcotraficante Miguel Ángel Insfrán Galeano, o “Tio Rico”, principal alvo da Ultranza PY. Ele foi preso em fevereiro do ano passado no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.

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