ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, QUINTA  16    CAMPO GRANDE 27º

Interior

EUA querem extraditar pistoleiros que mataram promotor paraguaio

Investigadores descobriram que pagamento a matadores foi feito através de conta norte-americana

Por Helio de Freitas, de Dourados | 29/04/2024 09:38
Envolvida na execução de promotor, Margareth Chacón é vigiada por policiais colombianos (Foto: Diário Hoy)
Envolvida na execução de promotor, Margareth Chacón é vigiada por policiais colombianos (Foto: Diário Hoy)

A polícia norte-americana quer extraditar para aquele país os três homens e uma mulher presos na Colômbia pelo assassinato do promotor de Justiça Marcelo Pecci, em maio de 2022, numa praia privada de Cartagena das Índias. Ele liderava a força-tarefa contra o crime organizado no Paraguai e tinha forte atuação contra cartéis da droga baseados na linha internacional com Mato Grosso do Sul.

Investigadores do DEA (órgão norte-americano de repressão ao tráfico) e do Ministério Público daquele país acreditam que os 550 mil dólares usados para pagar os pistoleiros saíram de operações financeiras baseadas nos Estados Unidos, o que justificaria um pedido formal de extradição.

À frente da Ultranza PY, maior operação da história do Paraguai contra o narcotráfico, Marcelo Pecci passava lua de mel na Praia de Barú quando foi morto a tiros por um pistoleiro, no dia 10 de maio de 2022.

Dos quatro presos, três já foram condenados - Andrés Pérez Royos (condenado a 25 anos de prisão), a mulher dele Margareth Lizeth Chacón (condenada a 39 anos) e o irmão de Andrés, Ramón Peréz Hoyos (sentenciado a 25 anos).

Francisco Correa Galeano, apontado como intermediador do assassinato, fez acordo com a Justiça da Colômbia e tem imunidade até dezembro deste ano. Ele não foi julgado, mas segue detido na sede do Ministério Público colombiano.

Autoridades ligadas às investigações afirmam que, apesar de o assassinato de Marcelo Pecci ter ocorrido na Colômbia, a suspeita de que o dinheiro saiu de contas norte-americanas pode ser usada pelos Estados Unidos para requerer a extradição dos presos.

No Paraguai, familiares do promotor torcem para que a polícia norte-americana entre no caso e ajude a identificar o mandante. Até agora, a investigação não chegou ao mentor do crime. Entre os suspeitos está o narcotraficante Miguel Ángel Insfrán Galeano, o “Tio Rico”, principal alvo da Ultranza PY. Ele foi preso em fevereiro do ano passado no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias