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Interior

Ex-funcionários de usina falida fazem protesto exigindo prioridade em acerto

Empresa foi comprada em leilão e trabalhadores querem pagamento em atraso desde 2017

Clayton Neves e Helio de Freitas, de Dourados | 06/04/2022 16:49
Com faixas e cartazes, grupo foi para frente do Fórum da cidade. (Foto: Adilson Domingos)
Com faixas e cartazes, grupo foi para frente do Fórum da cidade. (Foto: Adilson Domingos)

Ex-funcionários da usina São Fernando, falida há 5 anos, se reuniram em frente ao Fórum de Dourados na manhã de hoje (6) para protestar. Usando faixas e cartazes, os trabalhadores pedem que o acerto trabalhista, que até hoje não foi pago, seja prioridade, já que a marca foi comprada em leilão pela Usina da Pedra, de São Paulo.

“Esses trabalhadores perderam seus empregos. Estão esperando desde 2017 e hoje, esse crédito trabalhista tem até  caráter alimentar”, comentou a advogada Ethel Eleonora Fernando, que representa parte dos 3.222 profissionais que aguardam pelo dinheiro devido.

De acordo com a advogada, alteração na lei, feita em 2020, abre brecha para que o pagamento de prestadores de serviço não seja prioridade, no entanto, no entendimento da defesa dos manifestantes, a mudança não se aplica ao caso porque a falência da São Fernando foi decretada em 2017. Ao todo, a soma do débito com os trabalhadores  é de R$ 50.403.00,00

Com dívida atual na casa dos R$ 2 bilhões, a São Fernando foi ativada em 2009 como um dos maiores projetos de produção de açúcar e etanol do Brasil. Foi construída pelos filhos do pecuarista José Carlos Bumlai, que ficou conhecido como amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O conglomerado de indústrias localizado na margem da MS-379, entre Dourados e Laguna Carapã, é formado por cinco empresas: São Fernando Açúcar e Álcool, São Fernando Energia I e II, São Marcos Energia e Participações e São Pio Empreendimentos e Participações.

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