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Interior

Ex-policiais envolvidos em corrupção são condenados

Trio lotado em Coronel Sapucaia, foi preso em operação do Gaeco em dezembro de 2012

Por Ana Paula Chuva | 15/11/2023 09:45
Pessoas em frente ao Fórum de Coronel Sapucaia, onde caso foi julgado (Foto: Arquivo | TJMS)
Pessoas em frente ao Fórum de Coronel Sapucaia, onde caso foi julgado (Foto: Arquivo | TJMS)

Quase onze anos depois de serem alvos de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), os ex-investigadores da Polícia Civil José Adão Correa, Oclécio José de Farias e Ronieri Israel Adomaistis de Araújo foram condenados por improbidade administrativa. A sentença é do dia 26 de setembro deste ano, mas foi publicada no Diário da Justiça no último dia 8 de novembro. Em março de 2018 eles foram demitidos da corporação. Eles eram lotados Delegacia de Coronel Sapucaia, a 396 quilômetros da Capital.

Os policiais acabaram sendo presos pelo Gaeco em 7 de dezembro de 2012, durante a operação Nhu- Verá. Eles eram suspeitos de corrupção passiva, peculato, inserção de dados falsos em banco de dados da administração pública e formação de quadrilha. Dias depois, conseguia habeas corpus e foram soltos.

No entanto, o trio foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que alegou que acusados receberam de forma rotineira “vantagens indevidas, direta e indiretamente” quando exerciam a função de investigadores de polícia, além de usarem o cargo para enganarem as pessoas. Com isso, transformaram a delegacia onde estavam lotados em “um verdadeiro balcão de negócios escusos”.

Ainda segundo o órgão, em ao menos uma das vezes, eles contaram ainda com a colaboração de policiais militares que atenderam ocorrência de uso de documento falso. Na ocasião, o caso foi encaminhado para a Polícia Civil e os policiais envolvidos receberam pagamento de R$ 5 mil para não registrar o boletim de ocorrência.

O caso foi julgado no dia 26 de setembro, e os policiais acabaram sendo condenados pela prática de improbidade administrativa. Na sentença é assinada pela juíza da Comarca de Coronel Sapucaia, Mayara Luiza Schaefer Lermen, foi determinada a perda dos bens ou valores adquiridos de forma ilícita, suspensão de 8 anos dos direitos políticos, pagamento de multa civil de até 3 vezes do valor acrescido ao patrimônio (que ainda será apurado) e estão proibidos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e incentivos fiscais direta ou indiretamente.

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