Ex-prefeito alvo de operação em Maracaju deve se entregar hoje
Advogado de Maurílio Azambuja diz que ele está vindo do Pantanal e ainda não há horário para chegada
O ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja (MDB), deve se apresentar ainda nesta quinta-feira (23) à Polícia Civil, em Campo Grande. Maurílio está foragido desde ontem, quando foi o principal alvo da operação Dark Money, realizada pelo Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado).
A defesa de Maurílio é quem confirma a informação, contudo, não há ainda horário específico para ele chegar à sede da delegacia. "Está vindo de viagem do Pantanal, mas será hoje", explica o advogado Rodrigo Dalpiaz.
É Dalpiaz quem também faz a defesa de Lenilso Carvalho Antunes, secretário de Finanças de Maracaju - cidade que fica a 160 km de Campo Grande -, na gestão de Maurílio à frente da prefeitura. Lenilso foi preso em Umuarama (PR), em um hotel, e veio de lá direto para a sede do Dracco, onde permanece detido.
A operação Dark Money foi deflagrada ontem, para desmontar esquema de corrupção na prefeitura de Maracaju - as situações investigadas não têm ligação com a atual gestão municipal. Seis pessoas foram presas e apenas o ex-prefeito ficou foragido entre os alvos da ação encabeçada pelo Dracco.
Os policiais apreenderam em Maracaju R$ 252 mil em dinheiro e cheques, além de outros bens de valor e farta documentação. Em nota, a delegada chefe do departamento, Ana Cláudia Medina, informou que foram apreendidos até ontem eletrônicos, smartphones, computadores, documentos, dez veículos e até um barco com carretinha.
Lâminas de cheque de valores diversos somam R$ 109 mil. Já em espécie, as apreensões somam R$ 143 mil. Também foram apreendidos armas de fogo e munições de vários calibres, joias e discos rígidos. Além disso, diversas contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueadas pela Dark Money.
Entre os presos na operação, estão Lenilso, Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor -, os cinco últimos presos em Maracaju mesmo.
Todos eles foram submetidos a exame de corpo de delito e à audiência de custódia, na 1ª Vara de Maracaju. Logo em seguida, foram encaminhados à carceragem de unidades policiais em Campo Grande. Os mandados de prisão são temporários, com validade por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dias.