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Interior

Família espera contato com sequestradores de ex-vice-presidente do Paraguai

Óscar Denis Sánchez foi sequestrado por grupo terrorista na fronteira com MS

Helio de Freitas, de Dourados | 10/09/2020 08:15
Familiares de político paraguaio em entrevista coletiva nesta quinta-feira (Foto: ABC Color)
Familiares de político paraguaio em entrevista coletiva nesta quinta-feira (Foto: ABC Color)

Os sequestradores do ex-vice-presidente do Paraguai Óscar Denis Sánchez ainda não fizeram contato com a família. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (10) por familiares do político que antes de se tornar vice-presidente nomeado pelo Congresso entre 2013 e 2014 foi deputado e senador.

Na sede da fazenda Tranquerita, de onde Óscar foi levado supostamente por uma célula do grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio), as três filhas dele imploraram aos sequestradores para manterem contato.

Segundo elas, aos 74 anos, Óscar Denis Sánchez passou recentemente por cirurgia no coração e toma remédios de uso contínuo para diabetes e hipertensão.

Porta-voz da família, María Betriz Denis passou a lista de seis medicamentos que o ex-vice-presidente toma todos os dias e fez apelo aos sequestradores para que deem os remédios ao pai.

Óscar Denis foi levado junto com um funcionário quando percorria a propriedade em uma caminhonete Mazda. O veículo foi encontrado abandonado e na carroceria havia panfletos assinados pela brigada indígena do EPP.

A fazenda fica na divisa dos Departamentos (equivalentes a Estados) de Concepción e Amambay, na região de Iby Yaú e a 50 quilômetros da Linha Internacional que separa o Paraguai de Mato Grosso do Sul.

O ponto de onde o político foi levado fica a 30 quilômetros da área de mata onde militares da FTC (Força-Tarefa Conjunta) mataram duas meninas de 11 anos em um acampamento do EPP, na semana passada.

O caso gerou crise internacional. A Anistía e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos cobram investigação severa sobre as mortes. Na noite de ontem, o presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez viajou para a região de Iby Yaú para acompanhar as buscas aos sequestradores.

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